Pesquisadores acabam de divulgar a criação de injeção antimenopausa
Atualmente, estima-se que cerca de 1,2 bilhão de mulheres no mundo estejam na fase da menopausa ou estejam se aproximando dela. Só no Brasil, são 29 milhões.
De acordo com estudos recentes, em média 90% delas sentem sintomas do climatério, que podem passar de 30, além das famosas ondas de calor. Mas e se a gente pudesse viver o resto da vida sem passar por essa fase desafiadora? Pesquisadores americanos divulgaram na última semana uma novidade que pode revolucionar a vida das mulheres: a criação de uma injeção antimenopausa.
Essa injeção inovadora tem o potencial de impedir a chegada da menopausa ou, pelo menos, adiar seus efeitos. Segundo os cientistas, a injeção em estudo nos Estados Unidos pode imitar um hormônio que normalmente começa a diminuir nas mulheres por volta dos 25 anos de idade. Trata-se do hormônio anti-Mülleriano (AMH).
Além dele, as mulheres também tem uma redução dos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona geralmente entre os 45 e 55 anos de idade, devido à falência dos ovários, responsáveis pela sua produção.
Mas os pesquisadores da empresa de biotecnologia Oviva Therapeutics sugerem que injetar mulheres com AMH a cada poucos meses poderia aumentar artificialmente os níveis, o que poderia atrasar a transição —talvez indefinidamente.
Os cientistas não comentaram sobre os riscos da injeção, mas a terapia de reposição hormonal tradicional usada atualmente para amenizar os sintomas da menopausa tem benefícios, mas também há riscos associados, embora baixos, como câncer de mama e endométrio.
Daisy Robinton, bióloga molecular da Oviva Therapeutics, responsável pelo desenvolvimento, disse em entrevista ao Daily Mail: "Este medicamento não apenas poderia adiar a menopausa, mas também poderia preveni-la".
Pesquisas anteriores mostraram que mulheres com síndrome dos ovários policísticos, que têm níveis mais altos de AMH, tendem a iniciar a menopausa dois anos depois da média. Isso sugere que o AMH desempenha um papel importante no processo.
Atualmente, a injeção está sendo testada em ratos para garantir sua segurança. Se os resultados forem positivos, os testes em seres humanos podem começar nos próximos anos. O objetivo é oferecer às mulheres a possibilidade de escolha sobre quando ou se desejam passar pela menopausa.
Embora seja uma descoberta empolgante, ainda existem muitas perguntas sobre o tratamento, incluindo seu custo e potenciais riscos. No entanto, para muitas mulheres, essa injeção poderia representar uma maneira de controlar melhor sua saúde reprodutiva e seu bem-estar geral.
Segundo a endocrinologista brasileira Vânia Assaly, o raciocínio dos pesquisadores faz sentido, mas serão necessários estudos aprofundados de segurança. "Terapia de reposição hormonal também tem riscos. Assim como ter um ovário funcional, sem gerar tumor ovariano ou de mama será o segredo para essa terapia funcionar", diz Assaly.
É importante lembrar que a menopausa é uma fase natural na vida de toda mulher. Seja como for, novas opções de tratamento oferecem esperança para aquelas que desejam mais controle sobre seu corpo e seu futuro. Vamos aguardar ansiosamente por mais atualizações sobre essa pesquisa.
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