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Dez coisas que você tem que parar de fazer se quer emagrecer após os 45

Se você passou dos 45, 50 anos, e não ganhou uns quilos a mais, considere-se um alecrim dourado. Porque a verdade é que vários fatores combinados fazem a gente acumular gordura nessa idade, como perda de massa magra (músculos), estresse e mudanças hormonais com a chegada da perimenopausa.

Segundo estudos, as mulheres tendem a ganhar de 2,5 kg a 4,5 kg durante os anos da menopausa. Ou seja, manter o peso ou não engordar nessa fase demanda um esforço extra. Não dá para manter o estilo de vida dos 20 ou 30 anos porque o corpo mudou.

Segundo a endocrinologista Vânia Assaly, há um conjunto de coisas que precisam ser levadas em consideração, todas relacionadas ao nosso estilo de vida. E, mesmo para quem está usando as medicações que estão na moda para emagrecer (as famosas canetinhas Ozempic e suas variantes), de nada vai adiantar perder peso porque teve a fome reduzida e não mudar seus hábios.

Porque obviamente depois que parar de tomar o remédio a tendência será ganhar o peso perdido de volta.

Abaixo, veja alguns desses hábitos que a gente costuma ter ao longo da juventude e que atrapalham o processo de emagrecimento (e facilitam o ganho de peso) na maturidade.

1. Pular refeições

Pular refeições pode parecer uma maneira fácil de cortar calorias, mas geralmente resulta em fome extrema, o que pode levar a excessos nas próximas. Estudos mostram que pular refeições pode desacelerar o metabolismo e aumentar o risco de ganho de peso a longo prazo.

Não precisa seguir aquela máxima de comer de três em três horas, mas passar fome pulando refeição pode fazer você ter fome a mais e descontar na próxima.

2. Comer tarde da noite

Aqueles velhos hábitos de jantar tarde com os amigos, bater um sanduíche depois de voltar da balada podem ficar no passado, ok? Comer tarde da noite interfere na digestão e pode afetar negativamente o metabolismo.

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Um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism descobriu que consumir calorias mais tarde no dia está associado a maior IMC (índice de massa corporal) e menos sucesso na perda de peso. O ideal é jantar até no máximo umas 19h.

3. Não cuidar do estresse excessivo

O estresse crônico eleva os níveis do hormônio cortisol, o que pode aumentar o apetite e levar ao acúmulo de gordura abdominal. Pesquisas indicam que altos níveis de estresse estão correlacionados com ganho de peso e obesidade.

Quem não vive estressado com a vida que a gente leva, né? Então o caminho é fazer o possível para reduzir. Um bom começo é fazer exercícios de respiração, meditação e até mesmo ioga. Uma ou duas pausas por dia para respirar profundamente de olhos fechados, prestando atenção no ar entrando e saindo é um ótimo começo.

4. Dormir mal

Maratonar Netflix ou ficar grudada na tela do celular madrugada adentro pode estar acabando com seu sono. E falta de sono afeta os hormônios que regulam o apetite, como a grelina e a leptina, aumentando a fome e os desejos por alimentos calóricos.

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Estudos mostram que dormir menos de sete horas por noite está associado a um risco aumentado de obesidade. Portanto, procure dormir cedo, acordar cedo e praticar higiene do sono para dormir melhor.

5. Beber pouca água

A hidratação adequada é essencial para o funcionamento metabólico. Beber água antes das refeições pode ajudar a reduzir a ingestão de calorias. Um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism descobriu que beber 500 ml de água aumentou o metabolismo em 30% por até 40 minutos.

Parece óbvio, mas muita gente ignora esse hábito. A dica é pegar uma garrafa de 1,5 litro a 2 litros pela manhã e bebê-la até o final do dia.

6. Consumir álcool regularmente

O álcool é altamente calórico e pode interferir no metabolismo das gorduras. Além disso, o consumo de álcool está associado ao aumento do apetite e à ingestão de alimentos não saudáveis.

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Estudos indicam que o consumo excessivo de álcool pode contribuir significativamente para o ganho de peso. E isso inclui aquela tacinha de vinho "inocente" que você pode achar que faz bem no jantar. A recomendação da médica é: "Não consuma na sua rotina, deixe para ocasiões sociais, sempre mantendo o consumo em no máximo duas doses, sempre tomando pelo menos dois copos de água entre cada dose e também bem alimentada".

7. Não ler rótulos dos alimentos

Não ler os rótulos dos alimentos pode levar ao consumo inadvertido de altas quantidades de açúcar, gordura e calorias. Estudos mostram que consumidores que leem rótulos nutricionais tendem a fazer escolhas alimentares mais saudáveis e a manter um peso corporal mais adequado.

Isso inclui aqueles alimentos industrializados que aparentam ser saudáveis. Leia sempre a lista de ingredientes (devem ser poucos, conhecidos e sem uma série interminável de nomes que você não identifica) e a tabela nutricional para identificar excesso de açúcar, gorduras e calorias ao fazer suas escolhas.

8. Não planejar as refeições

A falta de planejamento pode resultar em escolhas alimentares pouco saudáveis e em consumo excessivo de calorias. Planejar as refeições com antecedência está associado a uma dieta mais equilibrada e a um melhor controle de peso.

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Refogar ou assar uma série de vegetais no final de semana e deixar tudo na geladeira garante uma semana mais saudável. Ou mesmo deixando filés de frango temperados em saquinhos tipo zip, por exemplo. Tudo que puder deixar semipronto vai ajudar na hora em que bater a fome, e você não recorrerá a soluções mais calóricas como pão e outros.

9. Comer muito rápido

Comer rapidamente pode levar ao consumo excessivo de alimentos antes que o corpo tenha tempo de sinalizar a saciedade. Estudos mostram que comer devagar está associado a uma menor ingestão de calorias e a um menor risco de obesidade.

Isso também parece óbvio, mas muita gente come atropelado na frente da TV, em cima da mesa de trabalho. Preste bem atenção à mastigação, isso vai ajudar a comer menos e ficar mais saciada.

10. Só fazer cárdio e pular a musculação

A perda de massa magra é um processo natural do envelhecimento a partir dos 30, 35 anos. E nossos músculos são os maiores consumidores de energia do corpo. Ou seja, quanto menos músculo, menos "queimamos" calorias.

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E aí essa energia que sobra é acumulada na forma de gordura. Então, mesmo quem sempre fez só exercício aeróbio frequente (corrida, bicicleta etc), não vai evitar essa perda muscular. Por isso, levante peso. Fazer cárdio é ótimo para a saúde, mas você precisa acrescentar essa atividade para ajudar na perda e na manutenção do peso saudável.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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