Tratamentos estéticos para o corpo na menopausa: o que você precisa saber
"Tratamentos estéticos são a cereja do bolo, sou muito transparente sobre isso." A frase é da fisioterapeuta Marina Berti Yunes, especialista em fisioterapia dermato-funcional, proprietária de uma das clínicas mais badaladas de São Paulo, frequentada por várias famosas, quando pergunto sobre um incômodo comum para muitas mulheres na menopausa: flacidez corporal e acúmulo de gordura localizada.
A transparência de Marina pode ser um banho de água fria para mulheres que, como eu, viram o colágeno sair pela porta junto com os hormônios durante o processo da perimenopausa. Mas, ao mesmo tempo, traz uma mensagem clara de que, sim, é possível lançar mão de novas tecnologias para melhorar a aparência da pele e se livrar de gordurinhas indesejadas se assim quiser, mas é preciso ter uma clareza de que elas não atuam sozinhas. Nem fazem milagres.
"Tenho mais de 20 anos de experiência e vi muitas evoluções nas tecnologias disponíveis, mas nada vai trazer resultados satisfatórios se a mulher não fizer atividade física, não seguir uma boa alimentação e estiver com os hormônios todos desequilibrados", diz Marina. Por isso, antes de decidir investir tempo e dinheiro nesse tipo de tratamento, avalie se já está colocando em prática essa base de cuidados (aliás, fundamentais para a saúde, antes da estética).
Outro ponto importante é que não existe o equipamento ideal, ou tratamento padrão para todas as mulheres (cuidado com o que vê nas redes sociais, por exemplo). Marina diz que os protocolos devem ser feitos a partir de uma avaliação individual de cada mulher.
Um exemplo? Alguns equipamentos para redução de gordura podem piorar a flacidez em mulheres maduras. E a gente não quer isso, né? Por isso é preciso avaliar a condição da pele e muitas vezes combinar mais de um tipo de tecnologia. Outra coisa fundamental: alinhar expectativas. Entender que esses tratamentos podem melhorar o corpo, dar um up, mas ninguém volta a ter 20 anos.
Outra questão é sobre a sua possibilidade de investimento. Segundo Marina. Há tratamentos que podem começar a partir de R$ 3.500, em média, para tratar uma região do corpo, como glúteos. Mas podem chegar a muito mais do que isso a depender das áreas de tratamento e técnicas adotadas. Conheça abaixo as tecnologias mais atuais e como elas funcionam.
1. Radiofrequência pura - equipamentos: Power 2 com LED
O que faz: A radiofrequência pura utiliza ondas eletromagnéticas para aquecer as camadas mais profundas da pele, promovendo o aumento da produção de colágeno e elastina, responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele. O equipamento Power 2 com LED combina a radiofrequência com a luz LED, que ajuda na regeneração celular e melhora a circulação.
A luz LED potencializa o efeito da radiofrequência, ajudando a acalmar a pele, acelerar a cicatrização e aumentar a eficácia do tratamento.
Para que é usado: Tratamento da flacidez leve a moderada e redução da celulite. Pode ser aplicado em várias áreas do corpo.
2. Radiofrequência microagulhada - Morpheus e Endymed
O que faz: Essa tecnologia combina a radiofrequência com o microagulhamento. Microagulhas penetram na pele criando microlesões controladas que, junto com a radiofrequência, estimulam uma renovação profunda do colágeno e elastina. Tanto o equipamento Morpheus quanto o Endymed entregam a radiofrequência diretamente nas camadas mais profundas da pele através das microagulhas, o que maximiza os resultados.
Estimula a produção de colágeno de maneira mais intensa do que a radiofrequência pura, oferecendo resultados duradouros e visíveis mesmo em áreas mais desafiadoras como abdome e braços.
Para que é usado: É indicado para tratar flacidez mais avançada, cicatrizes, estrias, e melhorar a textura geral da pele. Pode ser utilizado no corpo e no rosto.
3. Ultraformer - ultrassom macro e microfocado
O que faz: O Ultraformer utiliza ultrassom macrofocado e microfocado para atingir diferentes camadas da pele e do tecido subcutâneo. O ultrassom macrofocado trabalha em camadas mais profundas, promovendo a quebra de células de gordura e contração muscular, enquanto o microfocado atua de forma mais superficial, estimulando a produção de colágeno para melhorar a firmeza da pele. É um tratamento não invasivo que oferece resultados visíveis após algumas sessões, especialmente para quem busca reduzir flacidez e melhorar o contorno corporal sem cirurgia.
Para que é usado: Tratamento da flacidez. Pode ser usado em áreas como abdome, braços, coxas, proporcionando efeito lifting.
4. Alma Prime - ultrassom vetorial e radiofrequência da alma laser
O que faz: O Alma Prime combina ultrassom vetorial e radiofrequência para remodelação corporal. O ultrassom vetorial atinge e destrói as células de gordura de forma direcionada, enquanto a radiofrequência aquece a pele para estimular o colágeno e melhorar a firmeza. Essa combinação permite reduzir medidas e combater a flacidez ao mesmo tempo. O tratamento é indicado para redução de medidas e tonificação da pele, com sessões rápidas e pouco ou nenhum tempo de recuperação.
Para que é usado: É ideal para tratar áreas com gordura localizada e flacidez, como abdômen, flancos e coxas.
Essas tecnologias oferecem soluções não invasivas, com benefícios como segurança e rápida recuperação. Mas não deixe de ouvir a especialista Marina Berti: atividade física e dieta saudável antes de mais nada.
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