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Barriga da menopausa: por que ela traz risco para a saúde e o que fazer

Uma das mudanças mais comentadas pelas mulheres na peri e na pós-menopausa é o aumento da circunferência abdominal. Parece que é só passar dos 45 que a gordura insiste em se instalar na barriga e ali ficar.

Esse ganho é um sintoma natural e bastante comum que ocorre devido às alterações hormonais. Para muitas, o acúmulo de gordura nessa região é desconfortável e afeta a autoestima, mas, acima de tudo, pode oferecer riscos à saúde. Mas há algumas estratégias que podemos adotar para melhorar esse quadro.

Por que a barriga aumenta?

Com a chegada da perimenopausa, os níveis de estrogênio, hormônio que tem papel protetor em várias funções do corpo feminino, começam a diminuir drasticamente.

Essa redução provoca uma série de reações que acabam favorecendo o acúmulo de gordura, principalmente na barriga.

Com menos estrogênio, o corpo passa a redistribuir a gordura para áreas centrais, como o abdome, um processo que também está relacionado à resistência à insulina e à diminuição da massa muscular, ambos comuns após os 45 anos.

A redução do metabolismo nessa fase, combinada com a menor produção de estrogênio, cria um ambiente propício para o aumento de peso. Além disso, o estresse e a qualidade do sono, que muitas vezes pioram na menopausa, contribuem para o aumento do cortisol, hormônio que também favorece o armazenamento de gordura abdominal.

E embora a gente não precise ficar almejando ter uma "barriga chapada" na maturidade (afinal, amadurecer é também aprender a se livrar de padrões estéticos), essa gordura pode trazer riscos à saúde.

É a chamada gordura visceral, que acaba envolvendo os órgãos da barriga, considerada mais perigosa.

"Depósito de gordura central é responsável pelo aumento da incidência de diabetes, esteatose hepática (gordura no fígado), hipertensão arterial, entre outras doenças", alerta a endocrinologista Vânia Assaly. Por isso vale adotar algumas medidas para controlar esse aumento.

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Estratégias para reduzir a gordura abdominal

1. Atenção à alimentação: Uma alimentação equilibrada e anti-inflamatória é essencial. Dietas ricas em proteínas, fibras e gorduras saudáveis, como as encontradas em peixes, azeite de oliva, abacate, nozes e castanhas, ajudam a promover a saciedade e manter o açúcar no sangue estável. Limitar o consumo de carboidratos refinados, açúcares e alimentos ultraprocessados também é essencial para evitar picos de insulina e reduzir a tendência de armazenamento de gordura na região abdominal. Incluir vegetais e frutas ricas em antioxidantes e vitaminas é fundamental para equilibrar o organismo e controlar a inflamação.

2. Exercícios físicos e treino de força: Manter uma rotina de exercícios é indispensável para quem quer combater o ganho de peso. A combinação de exercícios aeróbicos, como caminhadas e corrida, com o treino de força (musculação) é ideal. O treino de força, em especial, ajuda a manter a massa muscular, que tende a diminuir nessa fase, contribuindo para acelerar o metabolismo e queimar mais calorias, mesmo em repouso. Estudos também mostram que atividades físicas regulares ajudam a reduzir o estresse e o cortisol, colaborando na redução da gordura abdominal.

3. Qualidade do sono: O sono é um dos fatores que mais influenciam o controle de peso, especialmente na menopausa, quando muitos distúrbios do sono, como insônia e apneia, podem piorar. Tente manter uma rotina de sono regular e priorizar um ambiente confortável para dormir, evitando o uso de eletrônicos antes de dormir. Dormir bem ajuda a regular os hormônios que controlam a fome e o armazenamento de gordura, sendo um grande aliado na busca por uma barriga mais equilibrada.

4. Reposição hormonal - uma aliada possível: A reposição hormonal pode ser uma aliada para algumas mulheres, especialmente aquelas que sofrem com sintomas intensos da menopausa. Quando bem acompanhada e indicada por um médico, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ajudar a reduzir o ganho de peso, aumentar a massa muscular e reduzir o acúmulo de gordura abdominal. No entanto, essa abordagem precisa ser individualizada e não é recomendada para todas, pois é necessário avaliar o histórico médico e as condições gerais de saúde.

5. Controle do estresse: Manter o estresse sob controle é outro ponto importante. Técnicas de relaxamento, como yoga, meditação e mindfulness, ajudam a reduzir o cortisol e equilibrar o sistema nervoso, o que pode impactar diretamente no acúmulo de gordura. Além disso, adotar um hobby e reservar um tempo para o autocuidado são práticas que promovem o bem-estar emocional e físico.

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Lidar com as mudanças na menopausa muitas vezes exige um suporte de especialista. Sempre busque ajuda médica para avaliar sua saúde, ter um plano personalizado e prescrição de medicamentos se for necessário.

A gente não precisa pirar porque ganhou uns quilos a mais, mas, como eu sempre digo, a menopausa também pode funcionar como uma pausa para a gente repensar os cuidados que estamos tendo com a gente mesma.

Que tal cuidar do estilo de vida e se preparar para envelhecer bem?

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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