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Opinião

Adriane Galisteu diz que falta libido na menopausa; o que pode ajudar?

"É claro que falta libido." A frase de Adriane Galisteu sobre a menopausa e a falta de libido, dita por ela em conversa com seus seguidores no Instagram recentemente, reflete a experiência de muitas mulheres nessa fase da vida. Durante a menopausa, a redução de hormônios como estrogênio e testosterona pode provocar uma queda no desejo sexual, além de outras mudanças físicas e emocionais. No entanto, isso não significa o fim de uma vida sexual satisfatória. Com as estratégias certas, é possível resgatar a libido e até descobrir novas formas de prazer.

Por que a libido pode diminuir na menopausa?

A queda hormonal típica da menopausa afeta diretamente a saúde sexual. O estrogênio em níveis mais baixos provoca secura vaginal e reduz a elasticidade dos tecidos íntimos, dificultando a excitação. Já a testosterona, apesar de menos falada, é um hormônio essencial para o desejo sexual feminino e também diminui nesse período.

Além disso, fatores emocionais e de estilo de vida têm um impacto significativo. Sintomas como insônia, irritabilidade e ondas de calor podem afetar a disposição. Mudanças no corpo e o estigma social em torno do envelhecimento também podem reduzir a autoestima, o que reflete na libido. Ou seja, é uma espécie de tempestade perfeita para acabar com o desejo de qualquer um, não é mesmo?

O que pode ajudar a melhorar a libido?

O sexo depois dos 40 pode ser o melhor que você já teve, até porque com a maturidade a gente se conhece melhor, sabe o que gosta e o que não gosta. Mas trazer o desejo para o quarto exige um certo empenho. Conversei com as especialistas Vânia Assaly, endocrinologista e nutróloga e especialista em medicina do estilo de vida, e com Soraia Casanova, ginecologista, para saber o que pode ser feito para melhorar esse quadro.

1. Reposição hormonal individualizada

A terapia de reposição hormonal, ou TRH, quando bem indicada por um médico, pode aliviar muitos sintomas da menopausa, incluindo a queda da libido. A suplementação de estrogênio e, em alguns casos, de testosterona, pode melhorar a lubrificação, a sensibilidade genital e o desejo sexual.

2. Lubrificantes e hidratantes e laser vaginais

Produtos à base de água ou silicone são excelentes para aliviar o desconforto causado pela secura vaginal. Já os hidratantes vaginais, usados regularmente, ajudam a manter a hidratação e a elasticidade da região íntima, proporcionando maior conforto durante as relações. Outra solução moderna que existe para melhora da lubrificação e de dor na penetração é o uso de lasers íntimos. Consulte um especialista experiente com esse tipo de tecnologia para avaliar seu caso.

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3. Mudanças no estilo de vida

Praticar exercícios físicos, como caminhada, musculação ou ioga, melhora a circulação, eleva os níveis de energia e contribui para o bem-estar geral, impactando positivamente o desejo sexual. Alimentos ricos em ômega 3, vitamina D e magnésio também ajudam a equilibrar os hormônios.

4. Terapia sexual e mindfulness

Técnicas de mindfulness podem ajudar a mulher a se reconectar com o próprio corpo e a estar mais presente durante as experiências íntimas. Já a terapia sexual é uma aliada para casais que desejam redescobrir o prazer ou superar desafios emocionais que interferem na relação.

5. Suplementos naturais

Algumas substâncias, como o extrato padronizado de feno grego e maca peruana, possuem estudos indicando seu potencial de estimular a libido. No entanto, é importante sempre buscar orientação de um profissional antes de utilizá-las, garantindo segurança e eficácia.

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Um novo olhar para a sexualidade

Embora a menopausa traga desafios, também é uma oportunidade de redescobrir a sexualidade de forma mais livre e consciente. Com o apoio certo, seja ele médico, emocional ou de estilo de vida, é possível transformar essa fase em um período de autoconhecimento e prazer.

Aos 51 anos, Adriane Galisteu trouxe à tona uma questão importante. Falar abertamente sobre a falta de libido é o primeiro passo para normalizar o tema e buscar soluções que funcionem para cada mulher. Afinal, a menopausa não precisa ser um ponto final na vida sexual —pode ser, na verdade, um recomeço.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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