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Opinião

Conheça as tecnologias que vão invadir as clínicas dos dermatos em 2025

Depois da febre da harmonização facial, que deixou muita gente com "cara de almofada" nos últimos anos, 2024 marcou uma fase de volta à "naturalidade", inclusive com muitos famosos revelando que estavam retirando o excesso de preenchimento.

A nova tendência vem acompanhada de um movimento que os próprios dermatologistas mais modernos vêm fazendo, que é investir em tecnologias de ponta para dar vida nova à pele dos pacientes, usando mais máquinas e menos injetáveis. Uma verdadeira invasão de novas tecnologias, principalmente vindas da Coreia, promete dar o tom dos tratamentos em 2025.

"Na verdade, o que está acontecendo é uma junção de fatores. De um lado as pessoas estão abandonando aquele excesso de preenchimento que fez muita gente se arrepender, de outro a tecnologia vem evoluindo muito, e a Coreia realmente passou a ser uma fornecedora de equipamentos inovadores com valores mais acessíveis do que no passado", explica a dermatologista Mariana Muniz.

Segundo Muniz, a Coreia aposta muito nessas tecnologias por uma característica local, já que as mulheres coreanas têm a face mais larga, mais "pesada", e tudo que buscam é dar mais sustentação, evitando a flacidez, querem dar uma "puxadinha" e deixar a pele mais bonita, livre de manchas e com rugas atenuadas. As tecnologias que eles adotam, e agora estão chegando mais intensamente por aqui, atuam principalmente nessa direção.

Outra característica dessas novas tecnologias é que em geral são indolores e não exigem tempo de recuperação com inchaços, vermelhidão etc. A seguir, conheça algumas das principais apostas que já estão conquistando espaço entre os especialistas.

Radiofrequência monopolar: firmeza e rejuvenescimento profundo

Segundo a dermatologista, uma das grandes novidades do momento é a radiofrequência monopolar, que promove um aquecimento profundo da pele, estimulando a produção de colágeno e elastina. É uma tecnologia que foi criada há vários anos, mas passou por evolução.

"Ela aquece a pele em profundidade, ao mesmo tempo em que resfria a superfície. Isso torna o processo muito mais indolor. Isso ajuda a produzir colágeno e na densidade da pele", explica a médica. O tratamento é indicado para flacidez, rugas e contorno facial. A vantagem também é que apenas uma sessão é necessária —os valores variam de R$ 7.000 a R$ 30 mil por uma sessão.

Marcas que se destacam:

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Volnewmer: Conhecida pela potência e profundidade do tratamento, é uma opção popular entre dermatologistas.

Coolfase: Apresenta uma abordagem diferenciada, com tecnologia de resfriamento que reduz desconforto durante a aplicação.

Oligio: Tornou-se um dos queridinhos na Coreia por entregar um efeito lifting imediato e progressivo. Tem sido bem recebido no Brasil por já ter um histórico de uso de mais de quatro anos no exterior (médicos gostam de trabalhar com o que já foi testado).

Bioestimulação com laser: pele renovada e uniforme

A nova geração de lasers atua na bioestimulação da pele, melhorando textura, tonalidade e viço. Essas tecnologias utilizam energias controladas para ativar os fibroblastos, promovendo a regeneração celular.

Entre os equipamentos mais famosos estão: LaseMD (Thulium Laser), Fotona, Dual Deep. Em geral, esses protocolos exigem de duas a três sessões num intervalo de um mês cada para trazer os benefícios.

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Microagulhamento com radiofrequência: tecnologia de dupla ação

A combinação de microagulhas com radiofrequência tem sido uma aposta poderosa para tratar cicatrizes, manchas, poros dilatados. A penetração das microagulhas potencializa a entrega da energia, promovendo uma renovação celular acelerada. O procedimento atua nas rugas superficiais e na qualidade de pele.

Dois equipamentos que são famosos nessa categoria são Morpheus8 e Sylfirm X. O último usa radiofrequência pulsada, que age de forma seletiva em tecidos doentes, preservando os tecidos saudáveis. Já o Morpheus8 tem um resultado mais para efeito lifting, porém nem todo mundo tolera, já que ele é mais dolorido.

Será o fim dos injetáveis?

Segundo Muniz, esse movimento não é um abandono dos procedimentos injetáveis, como preenchedores ou bioestimuladores de colágeno. "Mas agora a tendência é usar somente para os casos em que eles realmente seriam uteis e necessários, e não para uso indiscriminado como vinha sendo feito."

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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