Confira guia para economizar nas compras e manter alimentação saudável
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Falar em alimentação saudável sem mencionar economia é estranho, não é possível. E quando falamos disso, o primeiro pensamento que vem na cabeça é que custa caro. Claro que se identificarmos uma alimentação baseada em pacotes e embalagens, de fato, será cara. Prática, mas insustentável.
Entre os paradigmas da alimentação saudável, fica o questionamento: por que arroz não pode, mas bolacha de arroz pode?
Se você já questionou isso, provavelmente já entendeu que os "modismos" que circundam a alimentação saudável são os responsáveis por fazer com que ela tenha essa imagem de não ser barata, excluindo muitos grupos alimentares que são importantes e são a base da alimentação e nutrição.
De outro lado, incluem itens que, além de serem processados e ultraprocessados, tornam a alimentação pobre em nutrientes, mesmo com o rótulo de saudável —geralmente sendo acrescidos de nutrientes sintéticos (enriquecidos com vitaminas e minerais).
Seria muito mais simples e prático se a população entendesse que para conseguir essas vitaminas e minerais de forma natural e completa, a melhor forma é pelo consumo de alimentos integrais, naturais e, inclusive, pouco calóricos.
Aqui, ressalto o valor da caloria porque infelizmente, hoje em dia, a alimentação virou alvo de cálculos básicos da quantidade de carboidratos, proteínas e gorduras dos alimentos —até mesmo para quem não entende de alimentação e nutrição. Desta forma, excluindo de forma perigosa todos os outros componentes que envolvem a nutrição de um indivíduo.
Para quem deseja ser mais saudável através da alimentação, separei um guia prático e simples, fácil de colocar na rotina, sem precisar abrir mais o bolso para isso.
1. Faça um calculo simples
Quanto do seu salário ou renda mensal de sua família é gasta com alimentação? Sem saber quanto por mês você tem separado para a comida, para alimentação —em casa, delivery, mercado ou restaurantes—, você não vai conseguir estabelecer um ritmo de gasto.
Sem isso, não será possível entender se você está investindo muito mais seu dinheiro em alimentos e itens caros que podem estar, ou não, te adoecendo.
Vamos supor que da sua renda, você identifique 30% do total em investimento com alimentação, cerca de R$ 500,00. Deste valor, você deverá separar o que será de restaurantes, lanches, delivery e o que é mercado, feira, marmita, etc. Ao entender onde está indo seu dinheiro, você conseguirá equiparar melhor as opções.
2. Vá à feira
Separe um dia da semana, um momento do seu dia, para ir até a feira, seja a do bairro, seja a feira do supermercado e compare: 1 pacote de biscoito fit sem glúten tem o valor maior que 1 kg de fruta da estação.
Alimentos da estação sempre estarão mais em conta, pois tem alta produção. E são exatamente esses que devemos sempre buscar. Além disso, estão 'no auge' de nutrientes, ou seja, naturalmente 'prontos' para o consumo. Invista, então, em uma volta na feirinha para conhecer os alimentos que estarão frescos, com preço adequado, e compre para no máximo 5 dias. Isso evita desperdício e perdas de alimentos por estragarem na geladeira.
3. Conheça outras fontes de alimentos
Substituir alimentos consumidos por outras opções pode ser uma boa saída na hora de economizar e se manter bem alimentado. Grãos podem ser constantemente trocados, mas isso requer mais tempo do dia para o preparo, o ato de cozinhar e, depois, comer. Cozinhar sua própria comida é outro investimento barato que você deve começar a fazer —e hoje.
4. Prepare suas refeições o máximo possível
Como falei anteriormente, é incrível como se envolver com o ato de comer melhora sua percepção de alimentação saudável, completa e saborosa. Você conhece o que está comendo, sabe o que tem ali, sabe como foi feito, e sabe quanto investiu naquilo, principalmente, de forma financeira, assim evita desperdícios e exageros.
Abrir o pacote de comida e simplesmente mastigar e engolir é a maior distância que o indivíduo pode ter de uma alimentação equilibrada e saudável. Vale lembrar que todas as organizações mundiais em assuntos de saúde e alimentação defendem a alimentação fresca, saudável, minimamente processada e in natura.
5. Use o máximo possível do alimento
Cascas, talos, sementes, folhas, frutos... partes que você jogaria fora, mas que podem ser inseridas em outros momentos e receitas ajudando a enriquecer nutricionalmente suas refeições, sem que você precise adicionar de forma sintética vitaminas e minerais. Está tudo na sua fruteira.
Para que esse guia funcione, obviamente que deverá ter o envolvimento do indivíduo, ou seja, você deve investir em tempo, paciência e vontade de se envolver com o processo. Crie receitas (use as receitas aqui da minha coluna #Cheffuncional), vá mais à feira, conheça mais dos alimentos da sua região, saiba quem tem produtos caseiros para vender, evite tantas embalagens.
Esse é o melhor investimento (e economia de verdade) que você pode ter na sua saúde.
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