3 alimentos que você tem em casa, mas não devia, porque fazem mal à saúde
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É muito comum que, ao conversar com pessoas sobre alimentação, dietas, controle alimentar, escutemos frases como: "Mas eu adoro esse alimento, não vou deixar de comer só para emagrecer" ou "Nossa, eu não sabia que isso fazia mal para mim" e até "Comprei esse alimento achando que ia me ajudar, mas então só me faz mal".
São situações de embate interno, nas quais descobrimos que determinados alimentos dos quais tanto gostamos, comemos desde a infância ou simplesmente compramos para celebrar momentos especiais são coadjuvantes no aparecimento de inúmeras doenças ou, no menor dos casos, atrapalham no resultado que se busca na academia.
Seria bem simples se, dos três alimentos que lhe vêm à mente, eu dissesse: sal, açúcar e álcool. Mas não. Esses três itens já possuem em sua estampa o risco do abuso.
É negligência dizer que você não sabia que sal de cozinha em excesso lhe faz mal ou que não achava que o consumo de açúcar de mesa tivesse relação com o diabetes, ou então que a cerveja de todo dia não aumentasse sua resistência à insulina. Negligência? Sim, pois hoje em dia todos os veículos de mídia e informação, televisão, internet, jornais, revistas, até panfletos, folders e banners em todo canto do mundo afirmam isso. Sendo assim, se você recebe essa informação, já sabe o que faz mal à sua saúde e continua fazendo, você está negligenciando sua própria saúde e a dos demais que atinge, como filhos, cônjuges etc.
Mas os alimentos escondidos que vou citar são aqueles que passam despercebidos até por quem está de dieta ou quem possui alguma patologia preexistente, pois são itens mascarados, alimentos que podem até ter cara de bonzinhos, mas são inimigos da sua saúde:
Caldo temperado em pó light/diet/de baixo sódio
Todos vêm com essa estampa. Mesmo em cores clarinhas, verde e com uma embalagem amigável, induzindo você a acreditar que todos os vegetais, legumes, feijão e arroz integral que você fizer, dentro da sua dieta ou não, irão ficar mais saborosos e você conseguirá seguir o que o médico e nutricionista solicitaram: alimentar-se de forma mais saudável.
Esses caldos prontos, que você compra em pacotinho ou tabletes e que fornecem um sabor temperado "especial", mesmo que sejam vendidos com o slogan de baixo sódio, sem açúcar, sem sal etc., são puramente condimentos químicos com aditivos para conferir sabor e possuem na sua composição maltodextrina e açúcar.
A maltodextrina é um açúcar com nome diferente, e para diabéticos, consumir alimentos com esse item, em pequenas porções ao longo do dia e em diferentes momentos, sem saber que está comendo açúcar, é um perigo. Além dos açúcares, esses alimentos contêm conservantes, corantes e aromatizantes, que conferem aquele "cheirinho de comida boa".
Esses condimentos prontos, usados uma vez ao mês, por assim dizer, não seria o problema, certo? O grande ponto é que muitas famílias usam todos os dias, em todo preparo de feijão, de arroz, mesmo quando há a busca pelo arroz integral, também usam em carnes, sopas e todo preparo quente que há em seus almoços e jantares. Ou seja, o consumo é alto e frequente.
São itens mascarados que estão associados a inflamações, alergias, descompensação da glicemia e pressão arterial. E lembrando: esse é o mesmo tipo de condimento que está no saquinho do seu macarrão instantâneo!
Peito de peru (está no grupo: presunto, mortadela, salsicha, salame, salame fatiado, salamito, linguiça)
As carnes embutidas, preste atenção, embutidos e não carnes in natura, são também alimentos ricos nos mesmos condimentos citados anteriormente, porém pior, pois contêm também alto teor de nitritos e nitratos. Essas substâncias são potencialmente cancerígenas e se acumulam no nosso organismo, sendo convertidas em outros componentes que causam inflamação, alergias e infecções de recorrência, pela alta exposição aos agentes inflamatórios que deixam nosso sistema imunológico enfraquecido.
Possuem também a cara de bonzinhos, e por isso coloquei o peito de peru como o nome primário do grupo, pois se disfarça de carne magra, mas possui um alto teor de gordura saturada, nitritos, nitratos, corantes e muitos aditivos químicos. Fora que o teor de maltodextrina e amido também está bastante presente, servindo para dar volume ao produto, além de sabor, consistência e emulsão.
Margarina
Tudo bem que com o passar do tempo a margarina foi passando por uma transformação. Foi-se adicionando na receita ômega 3 e tentando mascarar o produto com cara de mais saudável. Mas o produto em si não convence.
A margarina é o resultado de um processo altamente industrializado, sendo assim, um alimento ultraprocessado. Ela é uma mistura de óleos vegetais que passam pelo processo de hidrogenação, com adição de líquidos hidrogenados, e isso resulta em uma solidificação e estabilização da gordura. Basicamente, o que se obtém desse processo é gordura hidrogenada pura, somada à gordura saturada, e a gordura hidrogenada é o que conhecemos como gordura trans.
A gordura trans não tem limite seguro de consumo diário, não se estabeleceu segurança no consumo para crianças, e já se sabe, pela literatura, que gordura trans é um dos maiores causadores de alterações metabólicas, associação com distúrbios metabólicos e hormonais, maior risco de câncer, doenças cardiovasculares, dislipidemias, infarto e outras condições. O seu alto consumo é diretamente relacionado a doenças crônicas não transmissíveis e, sim, o fato de você consumir diariamente pode comprometer todo o restante dos seus hábitos, mesmo que saudáveis —suas células e o seu organismo ainda assim receberão uma dosagem contínua de gordura trans diariamente.
O seu consumo realmente deve ser evitado. E, claro, somado a isso, sabemos que geralmente o consumo da margarina vem acompanhado de pães, embutidos como os citados no tópico acima, e também é um produto com sódio adicionado, além de conservantes e corante, muitas vezes corante sintético, para que possa se assemelhar ao tom, sabor e aroma da manteiga.
Fique de olho na redução do consumo desses itens. Se tem algum (ou alguns) em casa, opte sempre por opções mais saudáveis, menos industrializadas, e vá limpando sua rotina, adicionando mais fibras, mais frutas, mais vegetais, para garantir que o seu paladar se acostume com o sabor do alimento como deve ser, em receitas limpas, sem aditivos que mascaram o sabor do alimento in natura.
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