Pra não confundir mais: óleo de oliva e azeite de oliva são diferentes!
O azeite de oliva é um alimento muitíssimo indicado pois possui diferentes aplicações terapêuticas, um alimento com poder de garantir um mínimo possível de equilíbrio da nossa alimentação, tornando-a mais saudável.
Mas e o óleo? Recentemente essa duvida veio à tona. Afinal, são produtos diferentes?
Com a explosão do uso da aromaterapia, assim como com o avanço das suplementações que focam na performance, o óleo de oliva, ou melhor, óleo de oliveira, ganhou destaque.
A principal diferença estrutural é de que o azeite de oliva é extraído dos frutos, ou seja, das azeitonas, e o óleo é extraído das folhas. Mas, quimicamente falando, são muito distintos e com aplicações completamente diferentes.
O azeite de oliva, que é o azeite extraído das azeitonas, possui aplicação culinária e também cosmética, é rico em ácidos graxos monoinsaturados, especialmente o ácido oleico, e contém antioxidantes como polifenóis e vitamina E. É uma gordura utilizada no dia a dia para melhorar o aporte nutricional e anti-inflamatório, tanto é que sempre ganha destaque em dietas como a dieta mediterrânea, anualmente escolhida como a mais saudável e que possui propriedades terapêuticas excelentes, como diminuição do risco de desenvolver câncer, doenças metabólicas crônicas, processos inflamatórios crônicos.
As propriedades funcionais e terapêuticas do azeite de oliva são especificamente os ácidos graxos monoinsaturados, capazes de reduzir o colesterol considerado 'ruim', o LDL e VLDL. Além disso, a gordura monoinsaturada é muito reconhecida pela proteção da saúde neurológica. O tocoferol de maior abundância encontrado no azeite de oliva é a vitamina E, um antioxidante importante contra os danos oxidativos causados pela má alimentação, hábitos ruins etc.
Outro ponto muito bacana do azeite de oliva é a sua concentração em fitoesterois, que compete com o colesterol principalmente na absorção intestinal, e que auxilia na redução, então, dos níveis de colesterol em pacientes que possuem essa condição.
E o óleo?
O óleo, ou seja, o produto final extraído das folhas da oliveira, é um poderoso suplemento devido ao alto teor de terpenos. Os terpenos são aqueles fitoquímicos encontrados em folhas, cascas e que conferem o aroma (por isso, tão utilizados pela aromaterapia). E não somente terpenos, mas os que conferem o sabor, que são os flavonoides, ambos compostos bioativos poderosos na saúde, e usados de forma terapêutica, afinal não são utilizados na culinária, mas sim, em concentrações grandes mas em quantidades pequenas - geralmente cápsulas ou gotas.
Um diferencial do óleo de oliva, é sua capacidade antimicrobiana. Advindo da Oleuropeina, esse composto bioativo está presente em uma quantidade superior nas folhas da oliveira, e essa propriedade antimicrobiana vem sendo demostrada em especial em fungos e bactérias. Outro composto é o acido oleanólico, um terpeno que possui propriedades hepatoprotetoras, anti-inflamatórias.
Rutina e Luteolina são dois flavonoides (conferem sabor) presentes em abundância nas folhas, e que, encontradas em grande concentração nos suplementos a base de óleo de oliva, podem auxiliar no sistema imunológico, redução do estresse oxidativo, e saúde cardiovascular.
Uma ação importante dos terpenos é justamente proteger a planta de fungos, microorganismos que podem fazê-la mal e, por isso, o aroma produzido (em diferentes compostos bioativos e diferentes plantas) é usado como fim terapêutico nos indivíduos a fim de receber essa mesma ação, usados em cremes, cosméticos e suplementos via oral, justamente para alcançar a ação antimicrobiana e anti-inflamatória. É um presente da natureza, não é mesmo?
Ambos os produtos oferecem benefícios complementares, sendo o azeite excelente para a dieta diária e as folhas de oliveira mais indicadas para suplementação específica e tratamento de condições de saúde. Não faça suplementação antes de falar com seu nutricionista ou médico.
Deixe seu comentário