Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
O sobrepeso faz mal para saúde e para o seu casamento
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 3 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de complicações relacionadas ao sobrepeso. A prevalência do sobrepeso praticamente triplicou quando a curva do tempo —desde os anos 70 até os dias atuais— é analisada.
A população masculina costuma ser vítima frequente desse ganho de peso, muitas vezes por culpa dos seus próprios hábitos, como o consumo excessivo de gorduras, açúcares, bebidas alcoólicas e sedentarismo.
Durante certa fase da vida, os homens se cuidam mais e buscam controlar o peso, até por questões de vaidade em relação a suas conquistas amorosas. No entanto, após o casamento, há uma forte tendência de abandonar todos esses hábitos saudáveis e começar um ciclo que parece não ter fim: "ganhar barriga", ficar preguiçoso e deixar que a autoestima fique cada vez mais rebaixada.
A renomada revista Newsweek apresentou recentemente uma análise sobre a percepção e o comportamento das mulheres em relação a esse descontrolado ganho de peso de seus companheiros. E o resultado foi assombroso. As mulheres estão querendo o divórcio, declararam que estão cada vez mais cansadas de conviver com homens preguiçosos e com sobrepeso.
A primeira impressão é que tudo isto seria uma brincadeira, uma forma de as mulheres chantagearem seus maridos. Mas os números têm mostrado o contrário, pois realmente elas não aguentam mais conviver com homens que ostentam sobrepeso.
A pesquisa feita com as mulheres deixou claro que não é uma questão de preconceito, até porque também existem mulheres com sobrepeso. O ponto crucial que as aflige é o comodismo por parte dos homens, mesmo percebendo que esse sobrepeso está resultando em baixa produtividade intelectual, pouca colaboração nos afazeres domésticos e no apoio aos filhos e também a influência negativa no desempenho sexual.
Os homens argumentam que são vítimas da compulsão alimentar; as mulheres reclamam que eles não têm mais disposição para brincar com os filhos e que estão dormindo com dificuldade, apresentando mais episódios de apneia do sono e roncos noturnos. As mulheres também argumentam que os homens não se esforçam para mudar essa realidade, que simplesmente se conformam com essa obsessão em comer e beber.
Como uma possível solução para esse imbróglio, especialistas sugerem terapias de casal, na tentativa de alinhar padrões alimentares, motivar os homens a buscarem uma reação ao seu comodismo e, principalmente, conscientizar sobre os riscos e complicações do sobrepeso. A saúde mental do casal também seria uma prioridade a ser abordada durante as terapias de casal, mostrando que ansiedade e depressão podem ser gatilhos para a compulsão alimentar.
A mensagem mais impactante que as mulheres querem transmitir a seus companheiros, vítimas e ao mesmo tempo culpados pelo sobrepeso descontrolado, é que verdadeiramente elas não suportam mais conviver com pessoas que estão literalmente se matando e comprometendo a estabilidade do núcleo familiar.
Na verdade, pode-se dizer que as mulheres estão gritando sem serem ouvidas pelos seus companheiros, não por uma motivação estética ou um preconceito, mas sobretudo por uma questão de sobrevida e responsabilidade.
Aos homens com sobrepeso, preguiçosos e acomodados, fica este aviso final: as mulheres não toleram mais esse cenário e estão prestes a abandonar o barco. As mulheres estão pensando mais em divórcio porque sentem que seus companheiros se entregaram ao sedentarismo, ao comodismo e não esboçam uma mínima e aguerrida reação.
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