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Como saber se sua dor lombar é problema nos rins ou é muscular?
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Sabe aquela dor incômoda nas costas, na parte de baixo, na região conhecida como lombar? Então, acredito que todos nós já tivemos essa sensação. Um tipo de dor que dificulta nossa posição, que faz a gente se contorcer e se dobrar para tentar aliviar e que, às vezes, limita também nosso sono noturno.
O que poderia estar justificando esse tipo de dor? E por que esse tipo de dor aparece tão frequentemente? Primeiro devemos ter em mente que a região lombar recebe a carga de nossos movimentos, de nosso peso corpóreo e, em geral, acaba sendo uma região que fortalecemos muito pouco no dia a dia. Além disso, na parte interna da região lombar estão nossos rins, órgãos relacionados à formação da urina e que podem eventualmente ser obstruídos pela presença de pedras, ou cálculos.
Sendo assim, quero apresentar dois possíveis motivos para que a região lombar se torne sensível e dolorosa. No entanto, essas duas situações são bem diferentes no seu comportamento e nos seus efeitos.
Vamos primeiro considerar a dor em região lombar causada por questões neuromusculares. Como comentado anteriormente, não costumamos fortalecer os músculos dessa região, ficamos mais focados no abdome.
Um dos melhores exercícios para fortalecer a região lombar seria a "prancha", quando nos deitamos sobre o cotovelos e esticamos o corpo todo. Esse exercício, feito por pelo menos 1 a 2 minutos, todos os dias, poderia criar condições para reduzir nossa fraqueza na região lombar. Alguns tipos de alongamento e exercícios para corrigir nossa postura corporal também seriam benéficos para ajudar nesse fortalecimento.
Deixo aqui uma importante observação para todos nós: temos a tendência de achar que nosso corpo é apenas a parte da frente, a parte que enxergamos, e assim nos esquecemos de valorizar e fortalecer a parte posterior.
A dor lombar de causa neuromuscular pode ser desencadeada por uma má posição ao sentar, ao dormir, por um agachamento ou por movimentos muito bruscos. Levantar um peso muito intenso de uma forma bem desordenada pode ser o gatilho para aquela fisgada dolorosa na região lombar, aquela sensação de que algo travou e que certamente nos colocará numa cama, com muita dor e limitação, por alguns dias.
O diagnóstico se baseia nos sintomas e na sensibilidade ao tocar o ponto doloroso. Para tratar esse quadro, precisamos de repouso, analgésicos, anti-inflamatórios, redução de sobrecarga e fortalecimento muscular, por meio de fisioterapia, hidroginástica e alongamentos específicos.
Por outro lado, há a dor na região lombar causada por pedras que estão obstruindo o fluxo de urina nos rins. É uma sensação semelhante a uma cólica muito forte, que não melhora em nenhuma posição, praticamente impedindo qualquer tipo de ação no momento crítico da dor. Quem já presenciou alguém com este tipo de dor sabe que realmente não tem como não ficar angustiado. A pessoa atingida acaba se contorcendo e se curvando de tanta dor que sente.
Diferentemente da dor lombar de causa neuromuscular, a dor pelas pedras pode se associar com febre, mal estar, perda de apetite, náuseas e calafrios. Quando isso acontece, podemos dizer que existe uma infecção instalada nos rins, conhecida como pielonefrite, e que houve um agravamento de sintomas e do risco de complicações.
A atriz Isadora Cruz está passando por esta situação, está internada por pielonefrite, recebendo uma carga de antibióticos para tentar conter a infecção. O grande temor quando se tem um acúmulo de pedras nos rins e uma infecção associada é o risco de sepse, ou seja, a possibilidade de as bactérias e suas toxinas se alastrarem pelo corpo todo, paralisando gradativamente os órgãos.
O diagnóstico de pedras nos rins pode ser confirmado com auxílio do ultrassom, e o tratamento poderá ser medicamentoso ou mais invasivo, por meio de cirurgias. O mais importante é salientar que uma boa hidratação diária, com cerca de dois a três litros de água ao dia, e uma alimentação sem excesso de gorduras são duas medidas simples e eficazes para prevenir a formação das pedras.
Uma dor lombar, portanto, pode ser fruto de sobrecargas e fraqueza muscular como também cólicas decorrentes do acúmulo de pedras nos rins. Ambas situações podem ser prevenidas, para que não seja necessária uma intervenção cirúrgica. No caso específico das pedras nos rins, precisamos estar muito atentos para o risco de sepse e uma possível evolução para falência de órgãos.
Bebam bastante água, façam atividades físicas de fortalecimento, mantenham o peso corpóreo e não exagerem nas gorduras. São medidas realmente simples, mas essenciais para evitar dois tipos de dor lombar extremamente limitantes.
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