Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Hormônios da felicidade: saiba quais são e como estimulá-los
Assim como a definição, a química hormonal da felicidade também é complexa e abrangente. Apesar de os estudos não terem identificado uma região específica do cérebro responsável pela felicidade, sabe-se que os hormônios desempenham um papel fundamental na regulação do humor e da felicidade.
De fato, há uma diferença consagrada entre sentir-se feliz e ser feliz, em que este último seria um estado psicológico menos efêmero do que aquele. Para o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella, "a felicidade não é um estado contínuo, mas uma ocorrência eventual".
Já o líder espiritual Gandhi define que "felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia". Independente do conceito de felicidade que você abraça, ser feliz é possível e a tal felicidade pode ser estimulada diariamente.
Isso mesmo! Seu corpo pode estimular a produção de hormônios que te garantam sensações positivas de bem-estar.
Mesmo em momentos de turbulências, a felicidade pode estar por perto e bem ao nosso alcance, já que consegue ser facilmente encontrada em pequenas conquistas diárias e em acontecimentos do cotidiano capazes de ativar neurotransmissores que despertam o nosso bem-estar.
Os hormônios da felicidade são neurotransmissores benéficos produzidos em nosso cérebro que agem como mensageiros químicos e promovem efeitos em todo o corpo, gerando sensações como alegria, recompensa, prazer e satisfação.
Quando se trata de felicidade humana, a neurociência nos sugere práticas que podem ser úteis para aumentar nosso ponto de ajuste de felicidade natural.
Entre os hormônios da felicidade mais conhecidos estão a endorfina, a serotonina, a dopamina e a ocitocina. Uma espécie de quarteto fantástico da felicidade!
Mas afinal, quais ações posso adotar na prática para impulsionar a liberação desses hormônios?
Endorfina: age proporcionando sensação de prazer e bem-estar, além de ser um analgésico natural. Praticar hobbies ou realizar atividades que despertem os sentidos (dar gargalhadas, cantar, dançar) aumentam a liberação de endorfinas na corrente sanguínea e trazem benefícios à sua saúde.
Serotonina: ajuda a equilibrar o humor e sua liberação favorece o apetite, o sono, a libido e a aprendizagem. Praticar o autocuidado, conectar-se mais com a natureza, investir em boas memórias e ser grato podem te garantir doses extras diárias de serotonina.
Dopamina: neurotransmissor que participa do ciclo de recompensa, nos estimulando a executar e concluir tarefas. Fracionar um grande objetivo em metas menores pode simplificar o processo, aumentar a autoeficácia e ainda gerar mais dopamina. Estabelecer metas simples e atingíveis, melhorar a qualidade do sono, exercitar-se mais e ser capaz de reconhecer/celebrar cada conquista são alguns exemplos práticos.
Ocitocina: popularmente conhecido como "hormônio do amor", em virtude da sua função de promover as contrações uterinas durante o parto e a saída do leite durante a amamentação. A ocitocina pode ser estimulada ao abraçar alguém, ter relações sexuais satisfatórias, interagir com um pet, meditar ou praticar um ato de generosidade.
Não há mais desculpas para não estimular naturalmente a química da felicidade!
Que, ao estimulamos uma maior liberação dos hormônios da felicidade, possamos gerenciar melhor o estresse e lidar mais facilmente com os desafios diários da vida.
A busca da tão sonhada felicidade pode ser mais simples e palpável. Tudo depende da lente pela qual você a tem observado.
Referências
1. Corcoran K. Happiness on the Brain: The Neuroscience of Happiness (Part 1/Part 2); 2015. Disponível em: https://cct.biola.edu/happiness-on-the-brain-neuroscience-happiness/
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.