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Agachamentos podem prevenir Alzheimer e outras demências, segundo estudo
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Você, alguma vez, imaginou que executar agachamentos —sim, o exercício agachamento— traz benefícios para o cérebro?
Como os estudos vêm apontando, os exercícios físicos são uma excelente forma de prevenção do Alzheimer e doenças cerebrais, pois além de reduzirem a inflamação, alteram também a forma como o cérebro armazena o ferro.
Damian Bailey, diretor do Instituto de Pesquisa em Saúde e Bem-Estar da Universidade de South Wales (Reino Unido), em entrevista à BBC afirma que "realizar uma série de agachamentos pode oferecer benefícios para o cérebro".
Ao executar o exercício, acontece um aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro, aumentando também os níveis de fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) —trata-se de uma molécula que ajuda na produção de neurônios. Com o passar do tempo e envelhecimento natural, o hipocampo (parte do cérebro associada à memória e ao aprendizado) tende a encolher, isso faz com que o cérebro receba menos sangue, e esse é o ponto de importância de se exercitar. Isso aponta o quão benéfico o exercício é para a saúde cerebral.
O diretor Damian Bailey ainda afirma que "o agachamento é considerado como uma forma 'inteligente' de exercício porque 'desafia o cérebro', o que, por sua vez, traz benefícios". Segundo ele, durante a prática, o fluxo sanguíneo para o cérebro sobe e desce repetidamente, e essa mudança no fluxo que pode estimular o endotélio vascular (revestimento interno dos vasos sanguíneos) a fornecer mais sangue ao órgão.
De acordo com a reportagem, o diretor recomenda fazer agachamentos por três minutos, três vezes por semana.
Se você não sabe como fazer o exercício, uma dica é que você fique pelo período indicado sentando e levantado de uma cadeira sem parar, se possível uma cadeira que assento seja da altura dos joelhos.
Em 2021, um estudo publicado no periódico científico International Journal of Molecular Sciences apontou que a prática constante de atividade física tem ação direta na alteração do metabolismo para que mais ferro seja disponibilizado nos músculos, e assim menos ferro acabe armazenado no cérebro.
Essa alteração combateria, assim, a formação de placas beta amilóide, formadas por essa proteína pegajosa de mesmo nome e que acabam se acomodando nas sinapses, podendo bloquear a sinalização entre as células, aumentando os riscos de ocorrer Alzheimer e outros tipos de demência.
Não podemos descartar que a doença tem fortes fatores genéticos e de idade, mas o que o estudo aponta é que o sedentarismo ao longo da vida pode desempenhar um papel negativo na saúde cerebral.
A seguir, deixo um treino para quem é mais avançado. É um desafio, já que são 4 minutos de agachamentos bem intensos:
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