Gestantes podem sofrer com a diástase abdominal; entenda melhor o quadro
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A gravidez é um período de muitas alterações para o corpo feminino e muitas pessoas ficam inseguras sobre como o corpo irá se recuperar. Graças ao aumento do conhecimento sobre o parto conseguimos entender mais sobre a diástase abdominal, uma alteração que deixa muitas gestantes inseguranças sobre o corpo. Você já ouviu falar sobre ela?
Durante a gravidez, para que o feto se desenvolva, o corpo feminino passa por alterações hormonais e anatômicas, entre elas está o crescimento do útero para comportar o feto, isso pode consequentemente levar ao afastamento dos músculos do abdome.
Consideramos diástase dos músculos reto abdominais o afastamento dos músculos abdominais mais do que 3 centímetros, esse afastamento pode retornar naturalmente após o parto, mas algumas mulheres podem ter problemas durante a gravidez e após o parto, além de problemas para o retorno da musculatura ao estado antes da gestação.
Na gravidez e no pós-parto, a diástase pode levar a dor abdominal, lombar, perda urinária e distopia dos órgãos da pelve, quando útero ou bexiga ficam mais baixos que o normal. No pós-parto a diástase pode levar a um desconforto estético que pode estar associado a percepção de que a redução de peso não está compatível com a redução das medidas, justamente por essa alteração na musculatura abdominal, gerando uma sensação de que a barriga está mais saliente.
O diagnóstico da diástase pode ser feito através de ultrassom, palpação da região abdominal ou por tomografia no pós-parto. Para a prevenção e tratamento, a fisioterapia e as atividades físicas realizadas por especialistas são excelentes formas de acompanhamento. Para casos em que essas medidas não forem suficientes, a cirurgia plástica também poderá ser uma opção.
Para falar um pouco sobre esses acompanhamentos vou trazer profissionais para contar um pouco sobre a abordagem delas.
As fisioterapeutas Thalita Freitas e Alessandra Sônego, sócias da clínica Athali, explicam como a diástase abdominal pode ser tratada. Segundo elas, a fisioterapia pélvica, através de exercícios específicos direcionados ainda na gestação, tem como objetivo estabilizar a diástase, diminuindo o impacto negativo na funcionalidade corporal, assim favorecendo e facilitando o fechamento total no pós-parto. Lembrando que o melhor tratamento para a diástase é a prevenção: prevenir é sempre melhor do que tratar.
A educadora física Rô Nascimento fala sobre os benefícios de praticar exercícios para diástase após a gravidez. Ela explica que o fortalecimento da barriga melhora a postura, ajuda a diminuir as dores nas costas, melhora a qualidade do sono, fortalece a musculatura pélvica, ameniza os escapes de xixi e a prisão de ventre.
A cirurgiã plástica Abdulay Eziquiel relata que, muitas vezes, além da diástase, as pacientes também se queixam do excesso de pele e gordura na região abdominal, pois pode ocorrer uma limitação da retração da pele após a gravidez.
Nesses casos, há indicação da realização de abdominoplastia, em que será possível restaurar o contorno da região abdominal com a retirada do excesso de pele. Ainda durante essa cirurgia realizamos o tratamento da diástase, com a sutura da musculatura do abdome, reparando a fraqueza da parede abdominal.
É importante salientar que tal cirurgia não deverá ser realizada logo após o parto, devemos respeitar o retorno das condições fisiológicas da paciente, aguardando um tempo médio de 6 meses após o parto e a paciente não deverá estar amamentando por pelo menos 3 meses.
Identificar as alterações do corpo durante a gravidez e no pós-parto são o primeiro passo para entendimento e reconhecimento das alterações que não são normais e principalmente para que a ajuda possa ser encontrada.
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