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Larissa Cassiano

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Entenda a diferença entre hidratante vaginal e lubrificante íntimo

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Imagem: iStock

Colunista do UOL

19/01/2022 04h00

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A síndrome geniturinária da menopausa (SGM) é a definição utilizada para substituir atrofia vulvovaginal e atrofia genital. Entre os sintomas da SGM temos: secura, prurido, ardência, dor e sangramento durante a relação sexual.

A secura vaginal pode ocorrer por baixo nível de estrogênio antes e depois da menopausa, durante a amamentação, após alguns tratamentos como rádio e quimioterapia, estresse, uso de medicações e alterações hormonais.

A queda na quantidade de estrogênio leva a uma atrofia da vagina que consequentemente diminui a produção de secreções naturais. A secura vaginal pode ocasionar a sensação de queimação, coceira, irritação, relações sexuais dolorosas, sangramento após a relação sexual, infecção urinária recorrente, desconforto e dor para urinar, infecções na vagina e vulva.

As opções de tratamento dependem do antecedente clínico, desejo da pessoa e da intensidade dos sintomas. Para tratar é possível utilizar estrogênio tópico (creme e gel vaginal), na forma de reposição hormonal, hidratantes, lubrificantes isolados ou em uso conjunto com estrogênio e o laser vaginal (que é um tema controverso entre os especialistas).

  • Hidratantes vaginais

Os hidratantes vaginais possuem formulações com água, ingredientes para manter a viscosidade, pH e contaminação microbiana sem utilizar hormônios, podendo ser utilizados por pessoas que tem contraindicações ao tratamento hormonal ou que não desejam utilizar hormônios. Eles hidratam o tecido que está seco, são absorvidos e se aderem ao tecido vaginal imitando secreções e dando a sensação úmida. O intervalo de aplicação depende dos sintomas, resposta e recomendação do produto, variando de 2 a 3 dias.

  • Lubrificantes íntimos

São mais conhecidos, produzidos principalmente à base de água em apresentação gel. Alguns contêm corantes, essência e aromatizante, podem ser aplicados na vagina, vulva, pênis e objetos sexuais, antes ou durante a atividade sexual.

O objetivo do produto é reduzir o atrito causado ao tecido aliviando os sintomas de desconforto e dor, mas, diferente dos hidratantes, seu efeito possui uma duração menor, sendo mais indicado para pessoas que estão com maior desconforto relacionado a secura vaginal durante o sexo.

No momento da escolha alguns dados podem ajudar, que o produto possua acido hialurônico, seja livre de parabenos, com pH próximo ao pH vaginal, para reduzir a possibilidade de irritação e efeitos colaterais.

  • Óleo de coco

O óleo de coco virgem possui diversos benefícios à saúde. A extração é feita através da polpa do coco maduro e passa por três processos físicos: trituração, prensagem e tripla filtração. Sem uso de insumos químicos, conservantes, substâncias para clarear ou alterar o produto e sem gorduras trans. No momento o óleo de coco tem sido utilizado como antifúngico, antiviral e antibacteriano.

Na literatura ainda faltam estudos identificando a dose e a melhor forma de utilização, mas o recomendado é utilizar o óleo de coco em preparações ginecológicas feitas nas farmácias de manipulação. Quando utilizado como lubrificante é importante saber que produtos à base de óleo podem levar a rotura do preservativo de látex.

Para quem tem secura vaginal causando alterações além da relação sexual, o hidratante vaginal pode ser uma opção, nos casos de desconforto nas relações sexuais, lubrificantes industriais ou óleo de coco podem ser uma opção, lembrando que se o preservativo de látex for utilizado lubrificantes à base de óleo não devem ser utilizados.

Gostou deste texto? Dúvidas, comentários, críticas e sugestões podem ser enviadas para dralarissacassiano@uol.com.br.

Bibliografia:

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