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Outubro Rosa: vamos repensar o autoexame das mamas?
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Você já ouviu falar em autoexame da mama? O que vem a sua cabeça quando utilizamos esse termo?
Para algumas pessoas, a atitude de palpar as mamas é regularmente entendida como um exame clínico, capaz de diagnosticar e afastar outros exames, por diversas questões como medo de exames, escassez, entre outras possibilidades.
Porém o fato de ter palpado a mama, para essa pessoa é como se realmente ela tivesse sido examinada de forma diagnóstica. Diante deste cenário tem se sugerido mudar o termo autoexame para autotoque das mamas, para que a palpação da mama não seja compreendida como uma forma de exame que descarte outros exames.
Tanto para o Ministério da Saúde quanto a SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), o autoexame da mama, que já foi extremamente difundido, não é mais preconizado como um exame, mas, sim, uma forma de conhecimento, pois não substitui o exame clínico das mamas, nem a mamografia.
O Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer) recomendam que as mamas sejam palpadas sempre que a pessoa se sentir confortável, mas sem a necessidade de que isso seja feito em um período específico do ciclo menstrual, momento do dia ou dia fixo.
Estudos mostram que as pessoas que observam nódulos, geralmente verificam-nos ocasionalmente, não necessariamente em momentos específicos.
Já a mamografia, segundo recomendação da SBM, deve ser feita por mulheres partir dos 40 anos, mesmo sem sintomas. A mamografia é uma forma de raio-X capaz de identificar nódulos ainda muito pequenos.
Mesmo estando disponível para algumas pessoas, ainda encontra muita resistência, sabe aquela história que se a notícia não for boa o informante deve ser castigado, é isso que muitas pessoas fazem e pensam sobre a mamografia, um exame que pode revelar o diagnóstico de câncer: por que evitar? Ou postergar? Melhor não receber o diagnóstico?
Mas não receber um diagnóstico de uma doença em curso não vai fazê-la desaparecer, ela vai seguir evoluindo, porém essa falta de conhecimento pode retardar tratamentos precoces que podem mudar completamente o curso.
Além do medo do resultado associado ao exame, fala-se muito sobre o desconforto da mamografia, mas para que a imagem da mama seja feita, ela deve ser ajustada ao mamógrafo. Acredite, é algo possível, tolerável e não é raro que, ao terminar o exame, a pessoa perceba que mais do que o desconforto o medo é o que fez toda diferença.
Não deixe de fazer os seus exames e orientar as pessoas que estão próximas a você, o diagnóstico precoce é a melhor forma para que o tratamento seja feito, a negação e o medo não mudam o diagnóstico, mas podem mudar a vida.
Gostou deste texto? Dúvidas, comentários, críticas e sugestões podem ser enviadas para: dralarissacassiano@uol.com.br e veja mais no meu Instagram @dralarissacassiano.
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