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Larissa Cassiano

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Tem como evitar as estrias na gravidez? Saiba mais

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Imagem: iStock

Colunista de VivaBem

11/01/2023 04h00

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As estrias na gestação são muito comuns, embora não tragam problema ou risco à saúde física da gestante, podem trazer intenso desconforto e impacto na saúde mental capaz de afetar a qualidade de vida.

O mecanismo exato de como as estrias surgem é incerto, mas o estiramento ou distensão da pele, com perda ou ruptura das fibras elásticas na área afetada é o que observamos.

Além disso, alguns fatores estão envolvidos: predisposição, fatores genéticos, alterações endócrinas, uso de corticosteroides, ganho de peso, número de gestações, idade e presença de estrias antes da gestação.

Nas primeiras estrias, é possível observar a pele mais ressecada com coceira por uma reação inflamatória que ocorre no local. Evitar coçar a região é algo extremante importante.

Como forma de prevenir o surgimento das estrias na gestação é importante que algumas mudanças no estilo de vida e cuidados com a pele aconteçam como:

  • redução do consumo de gorduras e carboidratos
  • manter uma alimentação rica em proteínas e substâncias antioxidantes
  • atividades físicas
  • evitar o cigarro
  • ganho de peso rápido e em excesso
  • utilizar rotineiramente protetor solar e hidratante

Para compreender melhor cada caso é necessário que a avaliação seja feita por um dermatologista para indicar o melhor tratamento possível.

Na gestação, observa-se um aumento na absorção dos produtos aplicados na pele, pois existe um aumento do fluxo sanguíneo, além disso, a elasticidade da pele se dá pela água presente nos tecidos.

Sabendo disso, podemos pensar que o uso de hidratantes tem benefícios significativos para redução de estrias, além da sensação de conforto que ele traz.

Após o surgimento das primeiras estrias, eliminá-la não é uma tarefa fácil, ou seja, a prevenção, muitas vezes, será mais efetiva que o tratamento.

Alguns produtos hidratantes que podem ajudar, são: óleos para banho, óleo de amêndoa doce, de macadâmia, de avelã, de oliva, cerâmicas e manteiga de cacau.

Nos cremes, é possível utilizar formulações com ácido hialurônico ou centella asiática, ácido retinoico. Os resultados são percebidos, em média, após 2 meses de tratamento.

Além dos tratamentos tópicos ou em conjunto, temos carboxiterapia, radiofrequência, injeção de substâncias, como o ácido glicólico, ácido tricloroacético e a vitamina C, pulsed dye laser (PDL), luz intensa pulsada, fotodermólise fracionada e microdermoabrasão.

Aproveitando questões dermatológicas e a gestação, outras opções para tratamento além das estrias são:

  • Limpeza de pele com produtos hipoalergênicos;
  • Hidratação da pele;
  • Depilação com cera após o primeiro trimestre da gestação;
  • Peeling de argila ou de cristal com esfoliação cutânea leve;
  • Microagulhamento;
  • Drenagem linfática manual a partir do segundo trimestre de gestação;
  • Massagem relaxante.

Todos os tratamentos devem sempre ser avaliados caso a caso e conduzidos com orientação do obstetra e dermatologista de confiança.

Referências:

Souza, Aline - Gestação e predisposição ao aparecimento de estrias cutâneas Universitas: Ciências da Saúde, Brasília, v. 14, n. 1, p. 41-52, jan./jun. 2016

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