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Larissa Cassiano

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Menopausa: só dá para cravar um ano depois; antes, é climatério; entenda

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Imagem: iStock

Colunista de VivaBem

10/05/2023 04h00

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Você sabe a diferença entre climatério e menopausa? Tem ideia das mudanças que acontecem após esse período e que o fim da menstruação é um momento de transição de um novo ciclo que pode ser cheio de descobertas?

A menopausa é uma fase natural da vida da mulher, marcada após um ano do fim da menstruação, ou seja, só conseguimos falar dela um ano depois de ter ocorrido.

Ela ocorre quando os ovários param de produzir estrogênio e progesterona, hormônios que regulam o ciclo menstrual. A idade média da menopausa é de 50 anos, mas pode ocorrer entre 45 e 55 anos.

O climatério é o período de transição antes e alguns anos após a menopausa. Durante o climatério, as alterações hormonais começam a ocorrer, causando sintomas como ondas de calor, alterações de humor, alterações no sono, libido e secura vaginal.

O climatério marca uma importante mudança na fertilidade, uma queda, já que os ovários deixam de produzir óvulos.

Isso significa que as chances de engravidar após a menopausa são baixas, mas ainda podem existir em casos de ovulação ou gravidez por tratamento de fertilidade.

Para aliviar os sintomas da menopausa e reduzir o risco de doenças como a osteoporose e alterações cardíacas, uma das opções mais comuns é a terapia de reposição hormonal, que consiste na reposição dos hormônios que não estão sendo produzidos.

Outras opções incluem medicamentos não hormonais, como antidepressivos, vitaminas, medicamentos fitoterápicos, medicamentos para prevenção e tratamento da osteoporose, acupuntura, além de mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos regulares, dieta equilibrada e evitando tabagismo e álcool.

A prática regular de exercícios físicos após a menopausa é muito importante, além de ajudar a controlar o ganho de peso e a pressão arterial, o exercício físico pode melhorar a saúde óssea e diminuir o risco de doenças cardiovasculares. A prática regular de exercícios físicos também pode melhorar a qualidade de vida e reduzir sintomas como a insônia.

Para quem não deseja engravidar é importante lembrar que a menopausa não é um método contraceptivo. A contracepção hormonal pode ser uma opção, além disso, o DIU (dispositivo intrauterino) também pode ser usado mesmo após a menopausa e tem a vantagem de não envolver hormônios.

Gostou deste texto? Dúvidas, comentários, críticas e sugestões podem ser enviadas para: dralarissacassiano@uol.com.br e veja mais no meu Instagram @dralarissacassiano.

Referências bibliográficas:

- Santoro N, et al. Menopausal Hormone Therapy and Women's Health in 2020: Main Points. Obstet Gynecol. 2020;135(4):e32-e52.

- Simon JA, et al. The Menopause Transition and Women's Health at Midlife: A Kaiser Permanente Guidebook for Clinicians. Oakland (CA): Kaiser Permanente; 2017.

- ACOG Committee on Practice Bulletins—Gynecology. Practice Bulletin No. 141: Management of Menopausal Symptoms. Obstet Gynecol. 2014;123(1):202-216.