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Você, mulher, sente dor durante o sexo? Pode ser vaginismo
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Hoje vou compartilhar com vocês um caso que recentemente vivenciei no consultório e que ressalta a importância de abordarmos questões relacionadas à dor e desconforto durante a atividade sexual.
Durante uma consulta, uma paciente abordou a redução da libido e a presença constante de dor durante a relação sexual. Ao explorarmos mais a fundo, percebi que essa queixa não era algo recente para ela. Ela nunca se recordava de um momento em que sua libido estivesse satisfatória e as experiências sexuais fossem verdadeiramente prazerosas.
Durante o exame ginecológico, ficou evidente que seria extremamente desconfortável realizar a coleta do exame de papanicolau devido ao vaginismo, uma condição em que ocorrem contrações involuntárias do canal vaginal.
Era claro que, ao longo dos anos, ela havia normalizado a dor, tanto dos exames ginecológicos quanto das relações sexuais, pois não havia recebido o devido acolhimento e orientação adequados.
Infelizmente, esse caso não é isolado. Muitas pessoas enfrentam questões sexuais associadas ao vaginismo, e é crucial que entendamos o impacto que a dor durante o exame ginecológico e a relação sexual podem ter na qualidade de vida.
Não é normal sentir dor nessas situações.
Embora o exame ginecológico possa ser desconfortável, esse desconforto não deve ser doloroso nem causar lesões. Da mesma forma, as relações sexuais devem ser prazerosas e confortáveis, não marcadas por dor e medo constante.
O vaginismo é uma condição caracterizada por contrações alteradas do canal vaginal, muitas vezes resultantes de traumas passados a musculatura do assoalho pélvico, levando a contrações e tensões na região pélvica durante a penetração vaginal, seja durante a relação sexual com e sem penetração ou exames ginecológicos.
É algo desconfortável o suficiente para fazer uma pessoa parar de ter relações sexuais e de buscar atendimento ginecológico, ou seja, o vaginismo pode afetar a saúde sexual e ginecológica colocando em risco diversas questões que vão desde relações interpessoais a alterações no colo do útero que podem deixar de ser diagnosticadas. Após o diagnóstico adequado é possível buscar tratamento com fisioterapia pélvica, terapia sexual e ginecológico.
Se você ou alguém que você conhece está passando por essa situação, lembre-se de que existe ajuda disponível.
A vida sexual deve ser vivida com prazer, conforto e segurança. Não deixe que o vaginismo limite sua experiência íntima e afetiva.
Procure um profissional de saúde para orientações e tratamento adequados.
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