Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
3 conflitos modernos que acionam o alerta máximo em sua saúde corporal
Alerta máximo de conflito celular!
Quando o conflito vai para o corpo, é o sinal de que o desequilíbrio maior está sendo gestado. Como identificar se o universo celular que vive dentro de você está correndo perigo?
Fora as questões psíquicas, emocionais, sociais e efetivas, seria bom checar se você vive alguns desses conflitos contemporâneos citados logo abaixo:
- Conflito alimentar Nele, o indivíduo busca uma alimentação exemplar, ao mesmo tempo em que come de forma compulsiva e descontrolada;
- Conflito do movimento físico A pessoa já entendeu faz tempo que o sedentarismo é o pior veneno para o corpo. Dessa forma, busca ansiosamente encontrar uma atividade física redentora, tentando de tudo e fazendo um enorme esforço para tornar o exercício regular e constante. Ao mesmo tempo em que arranja mil desculpas para que isso não aconteça.
- Conflito com o travesseiro O sujeito resolve ignorar os avisos e solicitações do seu corpo e nega-se a ir para a cama (ou vai, mas com o celular na mão), criando um círculo vicioso. Com o tempo, ele começa a querer intervir em algo que não necessita de intervenção da mente racional, algo que é natural e está sob controle autônomo do nosso próprio organismo, intensificando o problema.
Existe uma inteligência que, graças a Deus, eu não controlo!
A dor é a nossa maior aliada, ela aponta exatamente aquilo que precisa ser cuidado.
A doença é uma inteligência do corpo, uma estratégia em busca de autorregulação.
Imagina se você tivesse que resolver racionalmente como o seu corpo iria digerir cada alimento que você come?
Imagina se você tivesse que se esforçar para dormir? Chamamos isso de insônia.
Quando os conflitos internos que vivemos atingem a "Santíssima Trindade", os pilares fundamentais da nossa saúde corporal: sono, movimento equilibrado e alimentação consciente, esse é um claro sinal de alerta enviado por nosso corpo.
Todo conhecimento teórico adquirido só é benéfico se ele estiver a serviço da sua inteligência corporal, uma sabedoria que já está atuando em seu corpo em tempo integral, mesmo que você não perceba.
A mente é um labirinto, ela pode auxiliar na cura, mas não podemos nos esquecer que, ao mesmo tempo, ela é a fonte dos desequilíbrios que vivemos.
Para não se perder nesse labirinto, sugiro silenciar a mente e retomar a sua inteligência primordial: a sabedoria corporal.
O remédio e antidoto que você procura fora, já está dentro do seu próprio corpo. Como ele está muito perto, e você tem certeza que ele está em soluções externas, você não conseguirá encontrá-lo, por mais que procure.
Para nós, "escravos da mente racional", só resta o caminho da liberdade corporal.
Como diz meu pai, Nuno Cobra, o nosso organismo é mágico, ele já possui todas as estratégias e elementos para curar a si mesmo, basta dar um passo de cada vez, de forma gentil e consciente.
Quando parar de tentar, você irá conseguir!
A expressão "parar de tentar" é usada aqui no sentido de desenvolver uma relação mais pacifica e relaxada com o conflito escolhido pela sua mente para se fixar e te causar transtorno e perturbação.
Somos especialistas em enganarmos a nós mesmos.
Em casos de conflito com a atividade física, costumo propor ao aluno desafios ridiculamente irrecusáveis, como caminhar durante 20 minutos, 3 vezes na semana, por conta própria, passando a existir em sua própria agenda.
Por incrível que pareça, ser capaz de cumprir esse pequeno desafio, por si mesmo, já significa romper o círculo vicioso da fixação mental.
Se o aluno sofre de estagnação crônica e repetição de padrões de comportamento, muitas vezes a resposta a esse desafio é:
Ok! Eu prometo que vou tentar! (a entonação da frase já revela insegurança)
Devido às frustações e experiências negativas, o aluno tem medo de não conseguir. Por isso, ele tensiona e complica imensamente o processo.
Porém, sem perceber, ele tem mais medo de conseguir.
Imagina! Como iríamos nos reconhecer caso abandonássemos uma identidade que nos é cara e familiar?
Isso significa a quebra de um conflito que é sustentado, por nós mesmos, há muito tempo. Romper esse conflito significaria se ver capaz de mexer em conflitos estruturais profundos, e isso dá um medo danado.
Ou seja, é mais fácil e seguro manter-se no padrão de repetição inconsciente, por mais doloroso que ele seja.
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