Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Novidades no tratamento do câncer de próstata metastático elevam sobrevida
Na nossa última coluna, destacamos algumas novidades para o tratamento do câncer de próstata apresentadas no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica voltados a tumores geniturinários, o Asco-GU.
Gostaria de seguir neste tema pela grande incidência deste tipo de câncer na nossa população.
Existe, atualmente, uma tendência de incorporar as novas formas de tratamento, além da supressão hormonal, para a doença metastática. Essa estratégia é uma tentativa de aumentar a eficácia das terapias, unindo diferentes mecanismos de ação contra o tumor.
A diminuição da testosterona é uma terapia relevante e necessária. No entanto, a utilização da supressão hormonal aliada a quimioterapia ou drogas que evitam a reconstituição do tumor é um procedimento que tem apresentado resultados muito mais significativos, mesmo em casos mais graves.
Há um conceito já consolidado de compreender e analisar as células metastáticas, que podem apresentar diferenciações num mesmo organismo.
Por isso, usar uma única estratégia pode não ser suficiente para conseguir melhores desfechos.
Nesta linha, alguns estudos apresentados no Asco-GU mostraram que tratar o tumor metastático —que já atingiu outros órgãos— com a utilização de estratégias concomitantes pode ser mais eficiente que tratamentos de um único tipo.
Uma das pesquisas de destaque envolveu mais de 1.100 pacientes e avaliou a combinação da supressão hormonal e quimioterapia conjugadas a um terceiro anti-hormônio, a abiraterona.
Este medicamento atua na glândula adrenal, a segunda maior fonte de produção da testosterona. Com esta estratégia, houve uma redução do risco de morte de cerca de 30%, na comparação com a conjunção de quimioterapia mais hormonioterapia.
Um segundo estudo robusto, envolvendo 1.306 homens, avaliou um outro anti-hormônio, chamado darolutamida. Nesta pesquisa, um grupo de pacientes foi tratado com hormonioterapia e quimioterapia (docetaxel) e outro grupo recebeu hormonioterapia com supressão da testosterona mais a darolutamida.
A avaliação dos resultados mostrou que a combinação de três drogas frente ao uso de dois medicamentos reduziu o risco de morte em 32%.
Nos dois exemplos acima, a combinação de tratamentos e a incorporação de novas drogas, atacando o tumor por vias diferentes, quando bem indicadas, aumentam as chances de sobrevida, mesmo em pacientes com estágios mais avançados da doença, buscando melhor qualidade de vida.
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