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Paola Machado

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Máscaras nas academias: por que já passou da hora de liberar o uso

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Colunista do VivaBem

09/03/2022 04h00

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Este texto não reflete a opinião do UOL.

Desde o início da pandemia passamos por diversas adaptações. Ficamos mais em casa, criamos o hábito de higienizar sempre as mãos e a usar máscaras. Todas as medidas adotadas tiveram como objetivo a redução da transmissão do coronavírus, com o intuito de não sobrecarregarmos nosso sistema de saúde —que sempre esteve sobrecarregado.

No dia 1° de setembro de 2021, o estado de São Paulo contava com 87,6% da população adulta completamente vacinada e houve permissão de shows com a participação do público em pé, espetáculos e atividades de entretenimento, além do funcionamento de boates e o retorno integral do público aos estádios.

A condição imposta na volta, inicialmente, foi que as pessoas tivessem a temperatura corporal monitorada e utilizassem máscaras faciais —mas a verdade é que grande parte das pessoas ficava (e ainda fica) sem a proteção enquanto está pulando, cantado e conversando nesses locais.

Depois, tivemos muita aglomeração nas festas de fim de ano (com muita gente sem máscara novamente) e um novo pico de covid-19, provocado pela ômicron. Mesmo assim, festas e shows particulares de Carnaval foram mantidos e muita gente aproveitou a folia, também sem máscara, veja só! Não estou aqui condenando quem fez isso (quem sou eu para tal?). Pelo contrário, estamos com uma curva decrescente de infecções e é mais que oportuno que as pessoas aproveitem a vida.

O meu questionamento central é: por que em cidades como São Paulo, o uso de máscara é tão cobrado em alguns ambientes, como em academias e escolas, enquanto em festas, bares, shows e restaurantes "está tudo liberado"?

Vale ressaltar que academias são lugares em que há o controle dos frequentadores e as pessoas têm a consciência plena do seu estado de saúde —dificilmente alguém com febre, coriza, tosse ou uma indisposição vai treinar.

Sem falar que nesses ambientes há diversos protocolos de biossegurança que devem ser seguidos à risca. Então, por que parte dos especialistas está mais preocupada com as máscaras nas academias do que no Carnaval ou no bar? Se pode retirar máscaras em alguns lugares sem nenhum controle dos frequentadores, por que o mesmo não é feito em polos promotores de saúde, como as academias?

Na verdade, o que sempre soubemos e o que sempre foi falado é que a curva reduziria assim que a população fosse imunizada tanto com a vacina quanto com a exposição —e isso pode ser evidenciado observando a linha do tempo abaixo:

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Imagem: Paola Machado

Vamos analisar os dados

Uma pesquisa recente mostrou a ineficácia das máscaras de pano. Segundo o estudo, para partículas com diâmetro de 1,5 micrômetros (consideradas muito pequenas), a eficácia da proteção de tecido ficou entre 2,5% a 10%. "A eficiência é baixa porque, essencialmente, todo o ar flui através de poros relativamente grandes entre os fios, que são obstruídos apenas por algumas fibras", escreveram os autores do trabalho científico, que são da Inglaterra, Alemanha e França.

Nas academias e no dia a dia, muitas pessoas usaram (e usam) máscaras de pano durante a pandemia. Mesmo assim, a curva de covid-19 teve seu comportamento esperado, com a redução de casos conforme a vacinação e o ciclo viral.

Apesar da ineficácia das máscaras de pano, as autoridades seguiram reforçando a narrativa de que seu uso era importante "para a segurança e saúde da população". Assim, mesmo inseguras, elas continuaram sempre muito presentes em ambientes de academia e em escolas.

Outro ponto que temos que ter uma atenção pela saúde e bem-estar da população é que vemos muita gente fazendo exercícios com as máscaras PFF2 (ou N95), bastante recomendada à população durante a pandemia. Porém, esse tipo de máscara não é recomendado para a prática de exercícios, como mostra um estudo publicado pelo Clinical Research in Cardiology.

A pesquisa diz que, em pessoa saudáveis, "a ventilação, a capacidade de exercício cardiopulmonar e o conforto são reduzidos pelas máscaras cirúrgicas e altamente prejudicados pelas máscaras faciais PFF2". A FDA (Food and Drug Administration, agência norte-americana similar à nossa Anvisa) reforça que, "mesmo uma máscara N95 devidamente ajustada, não previne doenças ou morte".

E não foi só esse estudo. De acordo com o New England Journal of Medicine, "o uso de máscaras traz uma série de prejuízos fisiológicos e psicológicos. Isso pode interferir no desempenho dos exercícios e reduzir a eficiência do treino. Esses ônus podem até ser graves o suficiente para causar condições de risco de vida se não forem tratados".

Além disso, de acordo com o texto "Could Wearing a Mask for Long Periods Be Detrimental to Health?", sabe-se que a máscara N95, se usada por horas, pode reduzir a oxigenação do sangue em até 20%, o que, por sua vez, "pode levar a uma perda de consciência".

De acordo com o British Journal of Sports Medicine, as máscaras faciais de pano levaram a uma redução de 14% no tempo de exercício e de 29% no VO2max (capacidade respiratória), atribuídos ao desconforto percebido associado ao uso da máscara. Comparados sem máscara, os participantes relataram sentir cada vez mais falta de ar e claustrofobia em intensidades de exercício mais altas enquanto usavam uma máscara facial de pano.

Segundo os autores do estudo, "treinadores e atletas devem considerar a modificação da frequência cardíaca, intensidade, tempo e tipo de exercício ao usar uma máscara facial de pano".

A sensação de mal-estar, apesar de citada em muitos artigos científicos, é mais difícil de ser mensurada, já que trata-se de uma percepção individual. Porém, após falar do desconforto, fiz esta pergunta nas minhas mídias sociais: Como você se sente quando pratica exercícios com máscara? A maioria dos relatos, de pessoas comuns (não atletas), em ambientes não controlados, não foi positiva. Veja alguns abaixo:

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Imagem: Paola Machado

Avaliando o uso de máscaras durante a musculação, Rosa et al. (2021) colocaram homens treinados para fazer 4 séries máximas de supino, com ou sem máscara (PFF2/N95), usando 50% ou 70% da 1RM (carga máxima que você consegue levantar ao fazer 1 repetição), na velocidade 20X0 e 2 minutos de intervalo entre as séries.

No geral, o uso de máscara interferiu na velocidade (deixando o movimento mais lento), resultou em menor saturação de oxigênio e maior percepção de desconforto, mas não interferiu na quantidade de repetições realizadas.

O estudo mostra algo interessante ao revelar que o impacto negativo parece ser maior quando se usa carga mais baixa, o que é explicado pelo sistema energético utilizado, já que exercícios mais prolongados têm maior exigência cardiorrespiratória.

De acordo com a OMS, "mesmo quando você estiver em uma área de transmissão do covid-19, as máscaras não devem ser usadas durante atividades físicas vigorosas, devido ao risco de reduzir sua capacidade respiratória. Não importa a intensidade com que você se exercite, mantenha pelo menos 1 metro de distância dos outros e, se estiver em ambientes fechados, verifique se há ventilação adequada".

Um outro estudo publicado pela Frontiers and Physiology aponta que "a máscara durante o treino pode aumentar o nível de esforço percebido e o desconforto quando a intensidade do exercício excede um determinado limite". A Revista Brasileira de Medicina do Exercício e Esporte pontua em artigo que "é necessário um período de adaptação para a atividade física com máscara", —o que muitas vezes não acontece— "pois o fluxo de ar para os pulmões é reduzido, exigindo a diminuição do ritmo normal até que a adaptação ocorra".

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Imagem: Paola Machado

Reduzimos substancialmente a quantidade de pessoas adeptas ao exercício e está mais que comprovado o quanto pessoas saudáveis são menos propensas a evoluir para gravidade por covid-19. Mais do que nunca precisamos da população engajada na prática esportiva e cuidando da saúde.

Um estudo com moradores de 14 países, incluindo o Brasil, mostra que, com o isolamento social, dois terços das pessoas não conseguiram manter o nível habitual de atividades físicas, e 73% passaram a sentir prejuízos psicológicos, como desânimo e falta de energia. Em um ambiente totalmente seguro e saudável como as academias, com diversos protocolos de biossegurança, colocamos mais um obstáculo para que pessoas saiam de casa para treinar: as máscaras.

Além disso, a OMS já emitiu nota para acelerar ações para acabar com a obesidade, pois mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas —650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças. Esse número ainda está aumentando. A OMS estima que até 2025, aproximadamente 167 milhões de pessoas —adultos e crianças— ficarão menos saudáveis. Por isso, temos que estimular a população a se movimentar e isso deve acontecer de forma prazerosa (o mais rápido possível).

Nota da autora: O que temos que entender é que a ciência é um caminho a ser analisado, em constante mudança e com diversas percepções. Os cientistas fazem parte da construção da ciência, mas não são a certeza da ciência. A ciência está em constante mudança para ser revisada, questionada, trazer um pensamento filosófico, amplo e, acima de tudo, ser interpretada alinhando o pensamento científico e prático com análises qualitativas por meio de relatos populacionais e não controlados.

Como cientista, acadêmica, doutora e, também, como profissional na prática clínica, acredito que seja necessário trazer, além de artigos, uma visão racional (e não emocional) de todo modus operandis e dinâmicas de acontecimentos contraditórios durante a pandemia e até artigos pré-pandemia com os mesmos temas que antes eram bem explorados na ciência (exemplo hipóxia e hipercapnia). Todo cientista sabe, não é de hoje, que a ciência tem diversos lados, diversas posições, diversos caminhos e nós, como profissionais, somos qualificados para ter um entendimento amplo de opiniões divergentes e, principalmente, ter um posicionamento com base em suas análises. A ciência, a formação de opinião, a liberdade de análise e expressão torna-se plural —o mais importante para que o debate saudável exista.

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