Precisão no diagnóstico garante tratamento personalizado a pacientes
Assertividade no tratamento é maior a partir da leitura precisa de testes genéticos que permitem identificar cada detalhe da doença
O câncer de pulmão é o segundo mais comum entre homens e mulheres no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de a maioria dos casos estar relacionada ao tabagismo, cerca de 10 a 20% dos diagnósticos ocorrem em pessoas não fumantes, por isso é importante que mesmo quem não fuma fique atento. Na maioria dos casos, este público de pacientes não tabagistas é formado por mulheres, na faixa dos 65 anos de idade, que têm maior tendência a apresentar tumores com mutações genéticas - sendo as mais comuns entre esta população as mutações do EGFR e do ALK, correspondendo de 20 a 25% e 10%, respectivamente.
Quando há a suspeita de câncer de pulmão, o paciente é encaminhado para um exame de imagem que permite detectar, descrever o aspecto e mensurar a lesão pulmonar. Na sequência, é realizada uma biópsia para classificá-lo como um câncer de pequenas células ou um câncer de não pequenas células. Para os casos de câncer de não pequenas células, ainda é possível que o médico avalie as características destas células e obtenha um nível de entendimento mais específico a partir de um teste genético molecular, principalmente em tumores do subtipo não escamoso.
Em casos em que há mutações genéticas com a inserção de outro gene, o tratamento para o câncer de pulmão torna-se ainda mais personalizado. E com as terapias-alvo, que atuam diretamente no gene alterado, os resultados se mostram cada vez mais efetivos. Essas mutações genéticas fazem com que a célula produza uma proteína anormal, que age como um "motor" dentro da célula doente e se reproduza continuamente. Esses genes são conhecidos como "driver genes" e sua identificação é possível a partir da testagem genética.
Com estes níveis de especificidade e individualização, o tratamento vem evoluindo a ponto de permitir que o paciente tenha uma jornada com mais tempo e qualidade de vida. A Janssen - farmacêutica do grupo Johnson & Johnson - tem destinado anualmente mais de 20% do valor de suas vendas globais em pesquisa e inovação, para o desenvolvimento de soluções com foco em áreas médicas cujas necessidades ainda não foram atendidas.
Cada câncer recebe nome, sobrenome e apelido
São conhecidas, pelo menos, nove alterações genéticas associadas ao câncer de pulmão, e elas são mais comuns em pacientes não fumantes. "Hoje temos conhecimento desses genes e, com certeza, há remédios que podem mudar muito a evolução do paciente", afirma o oncologista Antonio Carlos Buzaid. Reconhecer e nomear esse câncer, com 'nome, sobrenome e apelido' é o primeiro passo para identificar as necessidades de tratamento do paciente, garantindo que ele receba a melhor opção de terapia e tenha mais qualidade de vida. "O nome é 'câncer de pulmão', o sobrenome é 'não pequenas células' e o apelido é 'adenocarcinoma'", afirma o oncologista clínico William William Jr, que completa: "e hoje ainda conseguimos dar um passo adiante, identificando qual é a alteração molecular que ele tem". Éxon20 e MET são apenas duas entre tantas siglas decisórias para o tratamento do câncer de pulmão.
Esse nível de detalhamento evita, ainda, a prescrição de uma medicação que não terá resultados tão eficientes para o paciente quanto a terapia-alvo, já que ela é desenvolvida especialmente para interagir com características específicas da doença. Estima-se que 30 a 40% dos pacientes com câncer de pulmão possam se beneficiar do tratamento com terapia-alvo.
Segundo Buzaid, antes do início do tratamento, é imperativo identificar se o câncer do paciente tem essa mutação 'driver'. "A gente olha para cada detalhezinho desses níveis e escolhe a medicação mais apropriada, reduzindo consideravelmente o efeito colateral, além de aumentar a eficácia do tratamento, com menor toxicidade", complementa William.
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Este conteúdo é de autoria da Janssen e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL.
Publicado em Novembro de 2021