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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para Abbott e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em Maio de 2023

No comando de tudo

Fica bem no pescoço a glândula que ajuda cada célula do corpo a funcionar de maneira adequada: a tireoide

oferecido por Selo Publieditorial

Com cerca de 5 centímetros, a tireoide produz hormônios que controlam como o seu organismo usará oxigênio e nutrientes para gerar toda a energia de que necessita. E isso acaba, no mínimo, regulando a velocidade com que suas células, dos pés à cabeça, trabalham. Ou o que chamamos de metabolismo.

Borboleta ou escudo?

Muitos descrevem o formato da glândula como se fosse o de uma borboleta "abraçada" à traqueia, em uma altura logo abaixo da laringe e acima do que, nos homens, é conhecido como pomo-de-adão.

Mas a palavra tireoide é grega e quer dizer "em formato de escudo".

Outros, porém, dizem que a tireoide não lembra uma, nem outro e, sim, a letra "H".

Na reposição

É por isso que, quando alguém tem hipotireoidismo, isto é, produz uma quantidade insuficiente de hormônios tireoidianos, a reposição é feita com uma molécula, a levotiroxina, que imita o T4. Basta ele, porque o organismo é capaz de transformá-lo em T3.

Múltiplas ações

Conforme o órgão a que pertence, é claro que a célula vai ter um papel diferente. Portanto, ao interferir no seu funcionamento, o hormônio tireoidiano T3 acaba regulando entre outras coisas...

  • A frequência cardíaca e, mais do que isso, a força com que o sangue é bombeado.
    Sem hormônio o suficiente: a circulação perde força, fica lenta e as pernas incham.
  • A taxa de ventilação dos pulmões, ou seja, o quanto ele capta de oxigênio a cada vez que você inspira.
    Sem hormônio o suficiente: falta de fôlego e cansaço.
  • Os movimentos do intestino, impactando diretamente na digestão dos alimentos.
    Sem hormônio o suficiente: prisão de ventre e outros problemas digestivos.
  • A preparação todo mês do endométrio - o revestimento interno do útero das mulheres - para receber um eventual embrião, se ela engravidar.
    Sem hormônio o suficiente: essa é uma das causas pelas quais a menstruação fica irregular.
  • A produção e a sensibilidade a determinados neurotransmissores no cérebro, como as catecolaminas, que nos mantêm bem acordados e alertas.
    Sem hormônio o suficiente: sonolência ao longo do dia.
  • A termogênese, que é a geração de calor pelas células.
    Sem hormônio o suficiente: surge com frequência a sensação de frio.
  • A construção de massa muscular quando você faz exercício, por exemplo.
    Sem hormônio o suficiente: musculatura se torna mais fraca e a atividade física, no caso, não ajuda tanto.
  • A manutenção da massa óssea, controlando o ritmo com que ela se renova.
    Sem hormônio o suficiente: risco de osteoporose aumentado.
  • A renovação da pele, incluindo a garantia de seu funcionamento como uma boa barreira de defesa.
    Sem hormônio o suficiente: pele ressecada e sem viço.
  • A formação das unhas e dos cabelos, que, afinal, são anexos da pele.
    Sem hormônio o suficiente: queda dos fios e unhas quebradiças.

Na barriga da mãe

Os hormônios tireoidianos também são fundamentais para o desenvolvimento de uma placenta de boa qualidade e dos neurônios do bebê. Só um detalhe: a tireoide do pequeno só se forma na décima segunda semana de gestação. Até lá, ele é 100% dependente dos hormônios tireoidianos da mãe.

Como o sistema nervoso é formado antes disso, por exemplo - nas oito primeiras semanas gestacionais -, é fundamental que a mulher tenha uma produção tireoidiana suficiente para si própria e para a criança que carrega.

Dosagens na grávida

Gestantes sempre devem dosar o TSH, o hormônio estimulador da tireoide, de acordo com as diretrizes da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia). O TSH entrega a quantas anda a linha de produção da tireoide.

No entanto, o ideal para valer seria que esse exame fosse realizado pela primeira vez antes, na fase de pré-concepção, quando a mulher planeja um filho. Motivo: nos dois primeiros meses de gestação, quando o desenvolvimento do sistema nervoso do embrião está no auge, muita mulher ainda nem sabe que está grávida!

A fiscalização do cérebro

Tudo isso é tão importante que não dá para correr risco: no cérebro - especificamente a região do hipotálamo -, há células que fiscalizam se alguma função do organismo precisa de uma acelerada.

Quando é assim, enviam um aviso - um hormônio chamado TRH - para uma glândula pequenina ali do lado, a hipófise.

  • 1.

    A molécula de TRH manda a hipófise liberar o hormônio estimulador de tireoide, o TSH.

  • 2.

    O TSH cai na circulação e, ao chegar no pescoço, ordena que a glândula produza mais T3 e T4.

  • 3.

    Se a tireoide recebe esse pedido e não consegue atendê-lo adequadamente, produzindo pouco hormônio, a hipotálamo percebe.

  • 4.

    Essa região cerebral reage intensificando o aviso para a hipófise. Quer dizer, mandando mais TRH.

Em resposta a esse novo pedido do hipotálamo, a hipófise produz mais e mais TSH. É como se fosse um grito para a tireoide, uma tentativa de compensar a produção hormonal aquém do esperado. Mas, se há um hipotireoidismo, isso não adianta.

O TSH alto indica uma produção baixa de hormônios tireoidianos. Sensível, ele é o primeiro a se alterar no sangue.

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