- Além da quimioterapia, imunoterapia e terapias-alvo oferecem novas possibilidades de cura e controle dos cânceres de cólon e de pulmão e de forma menos invasiva.
- Tanto os tumores de cólon como os de pulmão têm tido um aumento de incidência na população atual, que pode ser ligado aos hábitos de vida ruins (como tabagismo e alimentação rica em ultraprocessados).
- O avanço dos últimos anos no sequenciamento genético dos tumores permitiu descobrir a "assinatura" de vários tipos de câncer e, com isso, desenvolver novos e menos invasivos tratamentos para controle e até cura da doença.
- As cirurgias também evoluíram e, hoje, é possível utilizar tanto a robótica como modelos em 3D para auxiliar e facilitar a remoção de tumores de forma mais precisa e menos agressiva.
- Embora os tratamentos tenham avançado, a descoberta precoce continua sendo um importante aliado para aumentar a chance de prognósticos positivos e, por isso, esses exames têm sido ampliados na população de vários países.
Por muito tempo, a quimioterapia e a radioterapia eram as únicas alternativas para tratar os cânceres de pulmão e colorretal, os dois tipos de câncer que mais matam em todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). O avanço da ciência e, especificamente, do sequenciamento genético dos tumores, no entanto, trouxe novas possibilidades de terapias, como o uso de medicamentos específicos para alguns tipos da doença (as chamadas terapias-alvo) e ainda a imunoterapia - esta última especialmente no caso do câncer de pulmão.
"Hoje, tanto no câncer de pulmão de células não pequenas como no câncer colorretal metastático, é importante identificar seu nome e sobrenome, ou seja, a assinatura molecular da doença, para que possamos ter um tratamento personalizado", afirma o oncologista Fernando Moura, gerente médico do Programa de Medicina de Precisão do Hospital Israelita Albert Einstein reconhecido como o melhor hospital oncológico da América Latina e o 17º em todo o mundo, segundo o ranking World's Best Specialized Hospitals, da revista Newsweek.
Segundo a OMS, em 2020, as mortes por câncer de pulmão e colorretal (também chamado de câncer de intestino) somaram quase 3 milhões. No Brasil, dados recentes do Inca (Instituto Nacional do Câncer) colocam os dois tipos de câncer entre os cinco mais incidentes na população: o colorretal em quarto lugar, seguido pelo câncer de pulmão - o primeiro continua sendo o câncer de pele do tipo não melanoma, seguido de mama e próstata.
Como todo câncer, as chances de cura e de tratamento menos invasivo são bem mais altas quando se diagnostica a doença nos estágios iniciais. O problema é que tanto o câncer colorretal como o de pulmão são conhecidos por, em muitos casos, se apresentarem de forma assintomática em seus estágios iniciais. Por isso, a melhor forma de evitar chegar ao consultório com a doença já em estágio avançado (e, portanto, com menos opções de tratamento) é a realização de exames de rastreio para detectar as lesões ainda em estágio inicial.