Março é o mês da conscientização sobre o mieloma múltiplo, um tipo raro de câncer no sangue. A data foi instituída pela International Myeloma Foundation (IMF) para conscientizar sobre a doença e alertar sobre os sinais que levam a um diagnóstico precoce.

E neste Mês do Mieloma Múltiplo, a Janssen Brasil também apresenta a campanha "Avance no Cuidado - Por uma vida de conquistas, qualidade e bem-estar". Ela pretende mostrar que o tratamento da doença se baseia também em uma jornada de confiança e proximidade entre hematologistas e pacientes.

A conexão entre médico e paciente, aliás, é um fator que contribui para mais tempo e qualidade de vida com a doença que, muitas vezes, se inicia com sinais discretos. Foi assim que aconteceu com o empresário Clóvis Cavalcanti Brito (60 anos). Ele sentiu casualmente uma dor que o fez descobrir seu diagnóstico.

"Sempre fiz academia. Há alguns anos, durante um treino, senti forte incômodo na coluna e nas costas. Achei que fosse por conta do mal uso de aparelhos. Tentei fisioterapia, mas as dores persistiram", relembra. O médico solicitou uma ressonância e o resultado do exame não era bom. Quando levei a biopsia para o oncologista, ele me disse que eu tinha mieloma múltiplo. Na hora quase cai da cadeira, me senti desesperado", relata o paulistano.

Passado o susto inicial após o diagnóstico, Clóvis lembra que seu médico lhe transmitiu apoio e confiança. E isso o animou.

Ele me passou todas as informações sobre a doença, explicou que era um câncer raro, mas que havia tratamentos disponíveis. Imediatamente, me mandou a um hematologista com quem mantive a mesma relação

Clóvis Cavalcanti Brito, empresário

Para Christine Battistini, Presidente da International Myeloma Fundation Latin America, principal instituição de apoio aos pacientes de mieloma múltiplo, como o tratamento é complexo, com diferentes combinações e alternativas, receber do médico as orientações corretas faz diferença.

"O profissional precisa passar ao paciente a ideia de que vai ficar tudo bem, de que já existem várias opções de tratamento e de que a doença pode ser gerenciada. Nós acreditamos na parceria entre os dois, pois o conhecimento é o que fortalece o tratamento", afirma.

A hematologista Danielle Leão também concorda sobre os benefícios dessa relação próxima.

A conexão entre médico e paciente é essencial porque ele fará um tratamento longo que impactará em várias facetas da sua vida e da sua família. Esse bom relacionamento permitirá que o paciente possa ter a melhor opção de tratamento e o controle maior da doença

Danielle Leão, hematologista

Outro fator indispensável nessa jornada é o empoderamento do paciente e de sua rede de apoio na busca pelo melhor cuidado.

Ele ocorre por dois caminhos: o primeiro é de estimulá-lo a buscar fontes seguras sobre a doença, como a própria IMF, por exemplo. O outro, é o de participar ativamente de associações que ofereçam estrutura para a doença, como grupos de apoio, comunidades em redes sociais, etc...

Christine Battistini, Presidente da International Myeloma Fundation Latin America

A busca constante pelo tratamento mais adequado em cada etapa de cuidado com o mieloma múltiplo é o que traz a possibilidade de que o paciente possa ter uma vida de conquistas, sonhos e metas para se realizar

Mesmo estando em tratamento contínuo há cinco anos, tenho uma vida ativa. Na minha rotina, além de cuidar de meu negócio, gosto de fazer academia diariamente, correr no parque, praticar futevôlei e relaxar

Clóvis Cavalcanti Brito, empresário

Assim como ele, outros pacientes têm mantido proximidade com seus hematologistas e, ao buscarem as opções adequadas de cuidados, desfrutam de uma vida de bem-estar.

"Conheço muitas pessoas assim. Tenho uma paciente de 67 anos que faz dança e ginástica. Ela recebeu o diagnóstico há 13 anos e está em fase de remissão. Sua qualidade de vida é como a de uma pessoa que não tem a doença", diz Christine.

O que é o mieloma múltiplo?

Trata-se de um câncer de sangue de um tipo de células da medula óssea chamadas plasmócitos, que são produtoras de anticorpos. Mais de 90% dos casos ocorrem após os 50 anos, sendo a idade média do diagnóstico aos 65 anos. Entre outros sintomas, pode causar dano ósseo, cálcio sanguíneo elevado e predisposição a infecções e dano renal. Seu tratamento depende da condição clínica de cada paciente e pode incluir radioterapia, quimioterapia, imunoterapia ou transplante autólogo de medula óssea.

Notícias positivas

Danielle Leão, Médica Hematologista Titular do Centro de Oncologia e Hematologia da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, revela que os tratamentos estão evoluindo.

Sou hematologista desde 2003. De lá para cá, finalmente, tenho visto o surgimento de drogas de várias classes terapêuticas, mecanismos e ações que conseguem fazer com o que o Mieloma tenha uma resposta mais profunda, ou seja, que consigamos diminuir a quantidade de células cancerosas na pessoa. Isso faz com que os pacientes tenham menos complicações, vivam mais e possuam melhor qualidade de vida

Danielle Leão, Médica Hematologista Titular do Centro de Oncologia e Hematologia da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo

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Uma parceria de confiança

"O profissional precisa passar ao paciente a ideia de que vai ficar tudo bem, de que já existem várias opções de tratamento e de que a doença pode ser gerenciada. Nós acreditamos na parceria entre os dois, pois o conhecimento é o que fortalece o tratamento", afirma.

"Conheço muitas pessoas assim. Tenho uma paciente de 67 anos que faz dança e ginástica. Ela recebeu o diagnóstico há 13 anos e está em fase de remissão. Sua qualidade de vida é como a de uma pessoa que não tem a doença", diz Christine.

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