Como não há uma causa definida, a identificação e o diagnóstico ainda são difíceis para pacientes e profissionais de saúde, o que costuma adiar o tratamento e prolongar o calvário do fibromiálgico. Foi o que aconteceu com a executiva Simone Ponce, de 35 anos, até encontrar a orientação com os especialistas apropriados. Em 2009, ela sofreu uma lesão na coluna e uma fratura no braço que deram início a uma saga em busca de alívio, já que a cura parecia impossível.
Depois de anos entre idas e vindas a hospitais e clínicas, Simone foi sentenciada à cadeira de rodas, mas se recusava a aceitar esse destino.
"Um dia eu acordei e decidi caminhar, mesmo com toda a dor. Depois comecei a correr, fui aumentando as distâncias e realizei o sonho de virar maratonista. Ganhei várias provas e estava tudo bem até que, em 2019, a vida me derrubou da escada", conta.
No hospital por causa da queda, Simone recebeu mais um diagnóstico errado e passou mais um ano sendo submetida a todo tipo de tratamento, o que se agravou durante a pandemia. Viveu à base da atestados que provassem no trabalho que ela não estava louca até que, em outubro de 2021, finalmente encontrou uma reumatologista que a diagnosticou com fibromialgia e tudo mudou.