De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), cerca de 463 milhões de pessoas vivem com o diabetes no mundo. Só no Brasil, a estimativa é de 17 milhões, sendo que o número de brasileiros atingidos pela doença deve saltar para 21,5 milhões em 2030 e 26 milhões em 2045.
O diabetes é uma doença crônica, ou seja, ainda sem cura, e acontece quando o pâncreas deixa de produzir insulina ou quando o corpo não consegue aproveitar o hormônio da forma correta.
A insulina atua como uma chave, fazendo com que a glicose proveniente da alimentação passe da corrente sanguínea para dentro das células para a produção de energia necessária ao corpo. Na falta do hormônio, há o aumento do nível de glicose no sangue, conhecido como hiperglicemia. Se a condição não for identificada e permanecer por longos períodos, vários órgãos podem ser afetados.
Os principais tipos de diabetes incluem o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 pode ser desenvolvido em qualquer idade, porém é mais comum ter início em crianças e adolescentes. A doença é considerada autoimune, ou seja, o próprio sistema de defesa ataca as células-beta, produtoras de insulina, fazendo com que o pâncreas, aos poucos, deixe de produzi-la. Como resultado, a partir dali, o paciente precisará de injeções diárias de insulina para manter a glicemia controlada.
O tipo 2 da doença é mais comum em adultos e engloba cerca de 90% dos casos de diabetes. Neste caso, o corpo não utiliza a insulina produzida da forma correta, o que altera os níveis de glicose no sangue. O tipo 2 está associado ao sedentarismo, à obesidade e à alimentação inadequada. Geralmente, pode ser controlado com a adoção de hábitos saudáveis, o uso de medicamentos orais e, em alguns casos, injeções diárias de insulina.