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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para Hospital Alemão Oswaldo Cruz e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em dezembro de 2022

Exame de consciência

Para todos os riscos e medos a respeito do câncer da próstata, a solução mais potente é a detecção precoce

oferecido por Selo Publieditorial Lalo de Almeida

Imagine uma solução rápida, barata, indolor e sem drogas, que pode garantir uma chance de cura de 95% para o câncer de próstata e baixar a patamares mínimos os riscos de sequela. Parece bom demais para ser verdade. Mas é exatamente isso que a combinação de exame de toque e de sangue oferece aos homens a partir dos 50 anos. E muitos deles ainda se recusam a aceitar a oferta.

Os especialistas são unânimes: a mais importante variável para qualquer desfecho ou prognóstico é a detecção precoce do tumor. E o maior impeditivo para o avanço desta detecção está na cabeça dos próprios homens.

"A resistência ainda é bastante significativa", afirma Dr. Carlo Passerotti urologista, cirurgião e coordenador do Centro Especializado em Urologia e do Centro de Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O maior símbolo e obstáculo concreto de resistência entre os pacientes é o exame de toque retal, indispensável. Mas há mais nuances nessa questão. O medo de descobrir a doença e os mitos em torno das possibilidades de sequelas são componentes importantes.

"O câncer de próstata interfere na ideia de virilidade, que é um campo identitário do homem, de sua masculinidade", explica Dr. Alaor Carlos de Oliveira Neto, psiquiatra do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. "Todo quadro clínico que interfere nesse aspecto da imagem e da própria sexualidade do indivíduo obviamente cria um quadro estressor maior".

Divulgação Alaor Carlos de Oliveira Neto, psiquiatra do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Alaor Carlos de Oliveira Neto, psiquiatra do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

"O acolhimento dessas angústias é importante para que os homens avancem na desconstrução de falsas crenças que os afastam das melhores chances de cura. O desconhecimento interfere diretamente na postura em relação à doença, podendo levar a negação do diagnóstico ou à fuga do tratamento", explica Dr. Alaor. "É um grande sofrimento psíquico para esses homens, e um caminho muito mais difícil e doloroso quando não há enfrentamento e busca de ajuda inicial".

Além disso, ele explica, são justamente os homens que vivenciam o diagnóstico de câncer de próstata com mais angústia, dúvidas e situações de estresse que estão mais propensos a desenvolver transtornos mentais ao longo de todas as fases do tratamento oncológico.

Divulgação
Ariel Kann, head de Oncologia Clínica do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

95% chance de cura na fase precoce do câncer

Um bom caminho para começar a se desfazer dessas travas é o conhecimento de que, para todos os medos que envolvem o câncer de próstata, a melhor resposta é o exame preventivo. Um medo comum é o velho e contraproducente ditado do "quem procura, acha". Dr. Ariel Kann, head de Oncologia Clínica do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, tem uma versão bem mais útil do adágio. "Quem procura, acha. E quem acha, cura", afirma. "Faz toda a diferença. Na fase precoce, o tumor é altamente curável", lembra Dr. Ariel. Tão curável que o índice chega a 95%.

"E é só através do checkup que você vai chegar ao diagnóstico de tumor confinado na glândula". Entre outros motivos, está o de que o câncer de próstata só tem sintomas quando já está bastante avançado. "O tumor da próstata é muito silencioso e só vai dar manifestação quando estiver muito grande ou tiver dado metástase", explica. Nessa fase avançada, ainda há tratamentos capazes de garantir bom tempo e qualidade de vida, mas a cura não é mais possível.

O diagnóstico precoce não muda drasticamente apenas as chances de cura. Mas também as chances de uma cura sem sequelas, outra grande preocupação dos homens. Como a próstata fica sobre os nervos que controlam a ereção, a cirurgia assusta muitos pacientes, que acreditam que a impotência é inevitável e acabam fugindo do médico. Mas a saída é justamente o oposto.

Menos trauma e mais segurança

Segundo Passerotti, a capacidade de ereção é preservada em cerca de 80% das cirurgias, e o risco de incontinência é menor do que 5%. Mas esses números pioram com o diagnóstico tardio. "Quando há suspeita de extravasamento, você faz a cirurgia um pouco mais além da próstata - ou seja, mexe mais no nervo. Faz bastante diferença a detecção precoce. Quanto menor o tumor, melhor a cirurgia. Se o paciente é mais jovem, melhores as taxas de sucesso".

Além disso, há a cirurgia robótica para remoção do tumor. São seis furinhos em vez de um corte grande, que permitem a entrada de câmera 3D, ampliação de imagem de 15 vezes e um equipamento que mexe mais que a mão humana. Tudo isso permite menos trauma e mais segurança para o paciente e precisão no procedimento, uma vez que reduz as chances de incontinência e impotência, possibilita uma recuperação mais rápida, além de menor sangramento e menos dor.

Gustavo Pitta Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Dr. Carlo faz coro aos colegas e lembra que o mais importante ainda é cuidar da cabeça dos homens. "O que a gente mais pode melhorar é desmistificar a ida do homem ao médico para fazer o seu check up e isso inclui a realização do exame de toque. Não fazer toque está relacionado a machismo, falta de conhecimento. A resistência ainda é bastante significativa. E o melhor caminho para diminuir essa resistência é a informação".

É comum e tem cura

  • O risco de um homem desenvolver câncer de próstata ao longo de sua vida é de 16%
  • É o 2º câncer mais comum entre homens no Brasil
  • Quando detectado precocemente, a chance de cura chega a 95%
  • A capacidade de ereção é preservada em cerca de 80% das cirurgias
  • O risco de incontinência após a operação é menor do que 5%
  • A cirurgia robótica é menos invasiva, proporcionando recuperação mais rápida, menos dolorosa
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