Quando se fala em gripe, o senso comum é pensar em apenas resfriados que passam depois de alguns dias. Mas, diante dos números, o sinal de alerta acende. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2021 para 2022, o número de óbitos causados no Brasil pela Influenza - popularmente conhecido como vírus da gripe - saltou 135%, passando de 573 para 1.348 (1,2).
Além disso, com a chegada da temporada de temperaturas mais baixas no país, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) fazem uma curva em sentido oposto, com tendência de crescimento. Entre os agentes causadores da enfermidade, está justamente o vírus da Influenza (3).
Neste cenário, as pessoas com mais de 60 anos são as que mais adoecem com gravidade, ainda segundo o Ministério da Saúde. Em 2022, 44,2% dos casos de SRAG por Influenza foram registrados nesta faixa etária (1). A Organização Mundial da Saúde aponta, por sua vez, que todos os anos de 3 a 5 milhões de pessoas no planeta desenvolvem casos graves de gripe, sendo que os idosos são o grupo com o maior nível de óbitos em razão da doença em países industrializados (4).
A justificativa para essa vulnerabilidade é fisiológica: o avanço da idade faz com que o sistema de defesa do corpo humano, naturalmente, comece a apresentar uma diminuição de suas funções, especialmente quando se trata de doenças infecciosas. O nome desse processo é Imunossenescência (5).