Conteúdo de Marca

Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL.

Comida do bem

Um guia para provar que ter uma alimentação saudável, prática e saborosa é não é uma missão impossível

oferecido por Selo Publieditorial Adobestock

Após um final de semana cheio de guloseimas, surge aquele sentimento de determinação: "Essa semana eu começo a dieta". Isso acontece com você também?

Seja para melhorar a saúde ou perder peso, é comum que as pessoas cometam alguns deslizes na alimentação - prestar atenção apenas nas calorias dos alimentos, deixar de comer uma refeição ou cortar um grupo alimentar do cardápio são alguns dos mais comuns. Seguir esse caminho é uma furada e pode ser perigoso. "A restrição de calorias ou alimentos de um determinado grupo alimentar causa fadiga mental e física, enjoo, constipação, além do risco de prejudicar o funcionamento de rins e fígado, ou criar desequilíbrio de colesterol e triglicérides", explica o nutricionista Breno da Silva Lozi, professor de Nutrição e Dietética em Minas Gerais.

Tipos de nutrientes

Não se engane, eles não são todos iguais. Os nutrientes são substâncias presente nos alimentos e divididos em macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais), e essenciais para garantir a saúde em equilíbrio do organismo. "Nenhum é mais ou menos importante. Cada um deles apresenta um papel fundamental para o pleno funcionamento organismo", afirma o nutricionista.

Macronutrientes

"O corpo demanda maiores quantidades, pois tem função energética e estrutural", diz a nutricionista funcional, clínica e esportiva, Laís Murta, de São Paulo.

Carboidratos: é responsável por garantir energia para as tarefas da rotina e para que o corpo aguente exercícios - são como um combustível. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de um adulto tenha de 55 a 75% das calorias vindas de carboidratos, de preferência os integrais.

Onde encontrar: tubérculos e raízes, como batata doce, mandioca, mandioquinha e inhame; cereais como o arroz, milho, trigo, aveia, as farinhas e os pães.

Proteínas: são substâncias compostas por aminoácidos, e essenciais para a construção e reparação de tecidos musculares, para a produção de enzimas, hormônios, neurotransmissores e anticorpos.

Onde encontrar: produtos de origem animal, carne, leite e ovos. Como são alimentos ricos em gorduras saturadas e colesterol, devem ser consumidos moderadamente, ou seja, evite comer todos os dias. Alimentos de origem vegetal também contribuem para o fornecimento de proteínas de baixo valor biológico, e quando associadas com uma fonte de cereal - o famoso arroz com feijão brasileiro, por exemplo - se tornam uma completa fonte de proteína de alto valor biológico.

Gorduras: outro nutriente pintado como vilão. As gorduras "boas" são as saturadas (que devem ser consumidas com moderação) e insaturadas (fazem bem e reduzem o colesterol). Esse nutriente é responsável pelo transporte de vitaminas no sangue, manter a temperatura ideal do corpo, a pele macia, além produzir hormônios. A gordura que deve ser evitada são as trans, que aumentam o risco de problemas cardíacos.

Onde encontrar: azeite de oliva, óleo de soja, óleo de milho, manteiga, margarina.

Adobestock
Adobestock

Micronutrientes

São as famosas vitaminas e minerais. Apesar da demanda pelo organismo ser menor, tem papel de protagonista nas reações bioquímicas do organismo. "Além de produzirem energia, são considerados antioxidantes protegendo as células da degradação de radicais livres, ajudam na saúde óssea e na síntese de hemoglobina", explica Breno.

Onde encontrar: eles estão presentes nos alimentos dos demais grupos de nutrientes também (cereais, ovos e azeite, por exemplo). As vitaminas chamadas lipossolúveis, inclusive, precisam de gordura para serem absorvidas pelo organismo (é o caso da A, D, E e K). Já as vitaminas que entram em ação na presença de água, as hidrossolúveis, (como a C e as do complexo B), devem ser ingeridas diariamente sem medo, uma vez o organismo libera o excesso. As verduras e legumes são bons exemplos de fontes de minerais, vitaminas e fibras: vegetais folhosos e legumes; frutas - a recomendação é 3 a 5 porções por dia, sendo distribuídas nos lanches intermediários entre as principais refeições.

Mudança de hábito

Agora que você já entendeu a o papel dos nutrientes para que o corpo esteja 100%, como garantir a ingestão de tudo isso? Para que uma refeição seja saudável, é preciso fazer um prato com variedade de alimentos. E isso não significa escolher entre uma comida gostosa ou saudável - é possível ter ambos com as dicas abaixo.

Metade do prato deve ser de vegetais - crus e cozidos. Estes, além de dar saciedade pelo alto teor de fibras, são as principais fontes de micronutrientes. Procure sempre garantir três cores de vegetais diferentes no seu prato. Quanto mais coloridos, mais compostos antioxidantes, vitaminas e minerais

Laís Murta, Nutricionista funcional

Monte um prato colorido

  • Prefira uma alimentação fracionada

    Isso não é uma regra e cada um deve respeitar os horários e a rotina diária. ?Entretanto, um cardápio que é dividido ao longo do dia em várias refeições mantém um fornecimento regular de energia cerebral e o gasto metabólico?, afirma Breno. Uma sugestão é consumir lanches intermediários entre as principais refeições, como frutas e castanhas, e iogurte natural.

  • De olho nas proteínas

    A recomendação de consumo diário de desse macronutriente pode variar de acordo com cada indivíduo. Mas de forma geral, nas principais refeições, a referência é de que 1/4 do prato deve conter alimentos fonte de proteínas. ?As proteínas são como ?blocos? que constroem nosso corpo, e tem como principal papel estruturar os tecidos. Opte por proteínas de origem animal, como carnes, aves, peixes e ovos, ou de origem vegetal, feijão, grão de bico, lentilha, ervilha, soja e cogumelos?.

  • Dê preferência aos integrais

    Alimentos fontes de carboidratos complexos, como arroz integral, quinoa, milho, batata, mandioca, inhame ou tubérculos, têm digestão mais lenta garantindo saciedade por mais tempo, além de evitar picos de glicemia no sangue

  • Prepare os alimentos sem fritura

    Em vez de fritar (lembra-se de dica para evitar a gordura trans, lá em cima?), experimente assar e grelhar carnes, legumes e tubérculos. Os métodos de preparo entregam um sabor e textura diferentes aos alimentos, além de preservar os nutrientes.

  • E o tempero?

    ?Sempre opte por azeite de oliva, sal marinho, vinagre de maçã ou limão, ervas frescas e desidratadas?, diz Laís. Fuja de molhos prontos e condimentos com conservantes artificiais. Dentre as ervas, alguns se destacam graças ao poder antioxidante e antimicrobiano. O alecrim ao lado da erva doce, aipo e estragão, oferece extratos vegetais que ajudam a conservar os alimentos e já são alternativa a conservantes químicos.

Adobestock

O que comer em cada refeição

Em todos os momentos do dia todos os grupos alimentares (macro e micronutrientes) devem estar presentes, reitera Tatyana Dall' Agnol, nutricionista formada pela UNIFESP, de São Paulo. "No entanto, há estudos recentes indicando que o consumo de carboidratos deve diminuir ao fim do dia, dando prioridade a gorduras e proteínas", diz. Existem diretrizes, mas tais valores são para adultos saudáveis. Porque variam de acordo com a idade, se a pessoa faz esportes

Gorduras: para adultos, a OMS recomenda que de 1O a 3O% das calorias totais venham de gorduras boas. Isso significa cerca de uma colher de sopa de azeite no almoço e outra no jantar

Fibras: 25 a 30g por dia

Carboidratos: de 50 a 60% do consumo total de calorias diárias

Topo