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Curva da Felicidade

Conheça a cura para a infelicidade: envelhecer

oferecido por Selo Publieditorial

Exageros à parte, a ideia de que "o amanhã será melhor" é muito mais do que mera abstração de autoajuda quando se passa dos 50 anos. É uma realidade bem concreta, aferida a partir de pesquisas em 80 pessoas, com uma amostra de cerca de 2 milhões de pessoas. A partir dessa base de dados, os economistas David Blanchflower, de Dartmouth, e Andrew Oswald, da University of Warwick, identificaram um modelo que revela uma curva-padrão para a felicidade ao longo da vida. E é uma curva em U (ou no formato de um sorriso, para os mais poéticos).

Isso significa que a satisfação com a vida tende a cair nas primeiras décadas da vida adulta, atingindo seu ponto mais baixo por volta dos 46 anos, em média. A partir daí, começa a subir e não para mais.

Parece contra-intuitivo. Em nossa mente, envelhecer é algo a ser evitado, disfarçado, adiado, temido. Mas, na prática, estamos falando de um período de grande satisfação pessoal. A descoberta foi tão surpreendente que virou livro, "The Happiness Curve", e tema de diversos estudos e palestras.

Seu autor, o jornalista Jonathan Rauch, começou a explorar a pesquisa como resultado de sua própria experiência. Aos 40 anos - agora ele tem 59 anos - ele se sentia péssimo. Formado em Yale e contribuindo para alguns dos veículos de maior credibilidade no mundo (como The Economist e The Atlantic), ele se achava um fracasso. Bem de asúde e de dinheiro, em um relacionamento saudável, ainda assim ele se sentia infeliz.

Manhã após manhã, eu acordava decepcionado, com a cabeça cheia de pensamentos obsessivos sobre meus fracassos. Minha insatisfação era irracional, e eu sabia disso, então guardava para mim.

Jonathan Rauch, Autor do livro ?The Happiness Curve?

Quando ele já estava entrando em seus 50 anos, a escuridão começou a clarear, apesar de alguns acontecimentos concretamente ruins: ele perdeu os pais e seu trabalho principal. Mesmo assim, andava se sentindo melhor. Havia começado a jornada ascendente do vale da curva em U.

Alguns estudos agora tentam entender melhor o funcionamento dessa curva. Parte deles acredita que, no início da vida adulta, armamos uma verdadeira arapuca de expectativas para nós mesmos. Os jovens idealizam o futuro. Suas esperanças e otimismo são altos. Lá pelos 30 e tantos, a vida fica extremamente corrida, com responsabilidades cada vez maiores. Aumentam os deveres; o tempo não aumenta. Muita gente sente que perde o controle.

No final dos 40 ou início dos 50, as pessoas vêem as linhas de tendência se invertendo. O descompasso entre expectativa e experiência diminui, as responsabilidades se assentam, tudo parece ganhar mais perspectiva. Claro que os fatos da vida e a personalidade de cada um têm muito peso nos casos individuais. Ainda assim, parece claro que o ciclo de vida também conta.

O autor Donald Richie dizia que "a crise da meia-idade começa em torno dos 40 anos, quando você olha para a sua vida e pensa: 'é só isso'? E acaba cerca de 10 anos depois, quando você olha para sua vida de novo, e pensa: 'pensando bem, é maravilhoso''". As estatísticas concordam.

Viva tudo que há para viver!

Curva ascendente de felicidade, realização pessoal, mais tempo, mais recursos: a verdadeira cara dos 50 anos.

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