Essa categoria de remédios biológicos tem como objetivo suprir a deficiência de substâncias produzidas pelo organismo. Entre os produtos mais conhecidos estão a insulina, usada no tratamento de pessoas com diabetes, e o hormônio do crescimento --importante para o desenvolvimento do corpo.
São usados no tratamento de doenças autoimunes e tumores. São anticorpos (células de defesa) direcionados a um alvo específico --podem ser considerados um míssil teleguiado, que vai atacar células problemáticas e deixar as saudáveis intactas (diferentemente da quimioterapia, por exemplo).
Estimula a produção de glóbulos brancos, que diminuem durante a quimioterapia, por exemplo, o que pode gerar graves complicações de saúde. A substância também é indicada no tratamento de pacientes submetidos a um transplante de medula óssea ou com infecções graves. A filgrastima é produzida em cultura de bactéria E. coli.
Proteínas com complexo papel no sistema imune. Entre as interferonas mais importantes estão a alfainterferona, que tem atividade antiviral e é indicada no combate a doenças como hepatites B e C, carcinoma renal, linfoma e leucemia; e a betainterferona, um imunorregulador usado no tratamento da esclerose múltipla.
Família de mais de 30 substâncias que regulam o sistema imune. A interleucina-2, por exemplo, é indicada para tratar carcinoma de rim e melanoma metastático. Outras interleucinas usadas são a oprelvecina, que estimula a produção de plaquetas e a anakinra, para tratamento de artrite reumatoide.
Essas substâncias têm atividade anticoagulante e são usadas na prevenção de tromboembolismo venoso ou arterial, tratamento de embolia pulmonar, certas formas de angina e infarto agudo do miocárdio. As heparinas são produzidas por uma mucosa extraída do intestino do porco.
Assim como os remédios sintéticos, há diferentes formas de aplicar os biofármacos. A mais comum é a injeção --é o caso de hormônios, como a insulina. Esse método permite que o produto caia mais rapidamente na corrente sanguínea. Mas já há remédios biológicos para artrite reumatoide de uso oral. Vale lembrar que as vacinas têm as duas variedades.
Depende do tratamento. Um paciente com diabetes pode precisar de insulina todo dia. Mas em casos como a psoríase, mesmo os remédios de uso contínuo são ministrados de tempos em tempos no consultório.
Novamente, a reposta varia com o tipo da doença e a sua necessidade. Na maior parte das vezes a aplicação é feita por especialista em clínica ou hospital --é assim no tratamento oncológico tradicional ou com remédios biológicos, por exemplo. Mas há os hormônios que, além de serem adquiridos na farmácia, vêem em ferramentas que facilitam a vida do paciente, como as canetas aplicadoras.
Cada caso é um caso. Alguns produtos biológicos se conservam melhor quando refrigerados --nesse caso, até o transporte precisa ser cuidadoso. Mas há exceções, como a insulina, que passa dias fora do refrigerador sem deterioração. O correto é sempre pedir orientações específicas sobre o seu tratamento ao médico responsável.