Herpes labial afeta a maioria da população; veja sintomas e como tratar
Marcada por pequenas bolhas ou feridas que aparecem ao redor da boca, o herpes labial é uma doença que afeta a maior parte da população mundial. Segundo um levantamento feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos (67%) tenham infecção por HSV-1 em todo o mundo.
"O herpes simples é a infecção viral mais comum do homem moderno depois das respiratórias", explica a Isabela Faiad Leiva, dermatologista da clínica Landecker.
Apesar de comum, o vírus causa incômodo em quem tem a doença pela forma que ele se manifesta, gerando a necessidade de tratamento rápido. Saiba abaixo como lidar com o herpes labial.
Herpes labial: o que é, como tratar e mais
O que é herpes labial?
O herpes labial é uma doença infecciosa de origem viral. O causador é o vírus herpes simplex ou HSV-1, uma espécie da família Herpesviridae. De característica altamente contagiosa, é transmitida por meio do contato direto, e pode provocar formigamento, dor e coceira no local da lesão.
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Quais são os sintomas do herpes labial?
No início, os sintomas do herpes labial podem aparecer como um prurido —ou leve coceira— que dura em média dois dias, seguido de uma vermelhidão no local. Depois, surgem as vesículas, bolhinhas que provocam um tipo de ardência e desconforto e ficam ali por volta de dois a quatro dias.
Mais tarde, no período de remissão, ocorre a formação de crostas e casquinhas —as bolhas que soltavam um líquido agora viram lesões com crostas. Tudo isso dura cerca de uma semana.
"No entanto, como a grande maioria da população teve contato com o vírus na infância ou adolescência, é possível que o herpes labial também se apresente de forma assintomática", alerta Mayra Tosta Lima Clemente, dermatologista e médica do corpo clínico do Hospital Samaritano, em São Paulo.
Como tratar o herpes labial de forma rápida?
Nos casos de pacientes sintomáticos, são utilizados medicamentos antivirais orais e tópicos, com o objetivo de reduzir a multiplicação do vírus, os sintomas e o tempo da doença. Entre as pomadas, o aciclovir é a substância ativa mais conhecida. "Já no caso daqueles que apresentam episódios recorrentes, optamos pela suplementação para melhorar a imunidade do paciente e diminuir a frequência das lesões", diz Clemente.
A profissional alerta que esse tipo de manifestação habitual está diretamente relacionada à baixa imunidade, e isso pode ser influenciado por diversos fatores como outras doenças, além de estresse, sono desregulado, alimentação inadequada e mais.
É possível curar o herpes labial em um dia?
De acordo com Milena Carestiato, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro da Doctoralia, não é possível falar em cura do herpes, mas da infecção —e ainda assim não acontece em um dia. Apesar disso, ela afirma que já existem opções rápidas de tratamento, sendo que o tempo médio dura de cinco a sete dias.
Quando iniciado a partir dos primeiros sintomas, o tratamento indicado na pergunta anterior reduz o tamanho das lesões e até evita o seu aparecimento. Já nos casos em que as vesículas ou bolhinhas já estão instaladas, tecnologias como o LED conseguem acelerar a cicatrização e ajudar na recuperação da pele.
Há algum remédio caseiro para herpes labial?
Entre as profissionais consultadas, há o consenso de que não existe um tratamento caseiro com eficiência comprovada, por isso, o ideal é procurar um dermatologista. No entanto, elas deram algumas dicas que podem ajudar a prevenir e tratar o herpes labial.
Extrato de própolis, chá de erva-cidreira, de amora, alimentos ricos em vitamina C, zinco e selênio podem ajudar no equilíbrio da imunidade, por exemplo. Para uso tópico, as opções são para recuperar a saúde da pele, hidratando a região. Neste caso, são indicados alguns óleos essenciais ou óleo de coco.
O que causa o herpes labial? Existe cura?
Segundo Roberta Padovan, dermatologista especialista em medicina estética e dermatologia pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde, o causador do herpes labial é o HSV-1, e a transmissão acontece por meio de contato direto com o vírus. Ou seja, gotículas de saliva, beijos, compartilhamento de utensílios de cozinha e de uso pessoal, sexo sem proteção, toque na pele e mais.
Ela explica que, depois que alguém tem um episódio de infecção por herpes, o vírus permanece adormecido nas células nervosas da pele, o que indica que ele não tem cura, mas é possível controlar a infecção e suas manifestações.
Quem são os mais afetados por esse tipo de herpes?
Pessoas que apresentam algum tipo de deficiência imunológica são os mais acometidos pela infecção. Elas apresentam quadros mais intensos, recorrentes ou complicados. No entanto, a maioria da população é assintomática.
Crianças podem ter herpes labial?
Carestiato afirma que, embora ocorra em menor frequência, os pequenos podem ser infectados. É preciso ter cuidado ao compartilhar copos, hidratantes ou filtros solares labiais e outros. "Pensando nisso, também é necessário evitar beijos no rosto e nas mãos do bebê, principalmente de pessoas fora do ciclo familiar, quando não se conhece o histórico de saúde", conclui.
Fontes
Isabela Faiad Leiva, dermatologista da clínica Landecker; Mayra Tosta Lima Clemente, dermatologista e médica do corpo clínico do Hospital Samaritano, em São Paulo; Milena Carestiato, dermatologista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e membro da Doctoralia; e Roberta Padovan, dermatologista especialista em medicina estética e dermatologia pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde.
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