5 tipos diferentes de meditação para você testar e diminuir a ansiedade
Colaboração para o UOL
21/10/2017 04h10
A prática diária da meditação se faz mais do que necessária nos dias atuais, com o estresse e a ansiedade aumentando cada vez mais. Estes, porém, não são os únicos males que são tratados com a prática. “Várias pesquisas foram feitas usando a meditação para o tratamento de doenças crônicas [diabetes, hipertensão e dores] e, na maioria dos casos, o efeito foi positivo para a saúde, bem-estar ou qualidade de vida”, diz o pesquisador Rui Afonso, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Segundo ele, uma pesquisa conduzida pela médica Elisa Kozasa, também do Einstein, concluiu que a pessoa que medita diariamente tem o cérebro mais eficiente e consegue lidar melhor com o estresse e a ansiedade. “A meditação age em várias vias de neurotransmissores, regulando a liberação de substâncias importantes para a saúde mental, e o principal efeito é a redução nos níveis de ansiedade, estresse e melhora do humor”, diz ele.
Ainda segundo o pesquisador, não existe uma meditação melhor que outra. “Depende muito do perfil do praticante e do contexto em que ele está inserido. Talvez a recomendação aqui seja experimentar alguns tipos e praticar aquele que mais faça sentido.”
5 tipos de meditação para controlar estresse
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Mindfulness
O termo significa atenção plena. Nesse tipo de meditação, você fica atento ao que está fazendo naquele momento. Além da atenção, no mindfulness você treina a "curiosidade" ou "mente de principiante". "Seria uma atitude na qual estamos abertos à situação sem julgá-la", afirma Marcelo Demarzo, médico e especialista em mindfulness. Existem as técnicas atencionais, em que você usa uma âncora --como a respiração ou o corpo parado ou em movimento-- para focar sua atenção. Há também técnicas construtivistas, que têm a intenção de gerar um determinado estado na pessoa. E há também práticas analíticas, que levariam a certas reflexões ou autorreflexões.
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Meditação Transcendental
Nela, você ensina a sua mente a mergulhar no campo transcendental. "Você não tem o futuro, nem o passado, nem o agora. É a experiência da consciência conhecendo a si mesma", diz Eliana Humenco, instrutora da técnica. Segundo ela, existem etapas para esse aprendizado. "É uma técnica de experiência prática, a pessoa aprende a atingir este campo e a alcançar de forma sistemática o estágio consciência pura." Eliana conta que é um estágio profundo como o sono, só que com a mente alerta. Neste tipo de meditação, não há técnicas focais --como, por exemplo, focar na respiração-- nem tempo presente. "Você não precisa se concentrar nem controlar pensamentos", acrescenta Eliana. O intuito é mergulhar na consciência.
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Raja Yoga
A Raja Yoga é uma técnica de meditação pautada no autoconhecimento. O principal objetivo é a compreensão de quem você é e qual é o seu estado original. "Essa é a primeira pergunta de quem pratica essa meditação", diz Juliana Vilarinho de Faria, coordenadora do Instituto Brahma Kumaris, em São Paulo. A Raja Yoga não lança mão de nenhuma técnica focal e tampouco utiliza os asanas --posturas da ioga. Ela pode ser feita sentada ou em movimento e o importante é seguir quatro passos definidos que levam a pessoa a atingir esse estado original de plenitude.
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Meditação Vipassana
Ela vem do Budismo indiano e também é pautada no autoconhecimento, na auto-observação e na busca profunda da interconexão entre mente e corpo. A diferença é que a técnica é ensinada em cursos presenciais que duram alguns dias, durante os quais os participantes devem seguir um Código de Disciplina recomendado, aprendem os conceitos básicos e praticam o suficiente para experimentar os seus resultados benéficos. Entre os princípios do Código, está o de não matar, roubar, mentir, tomar intoxicantes ou praticar atividade sexual. Os participantes também devem praticar o silêncio e são aconselhados a não cruzar olhares.
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Meditação Zazen
Ela vem da tradição do Zen-Budismo, um braço do Budismo que surgiu no Japão. Segundo a Monja Zentchu Sensei, a meditação Zazen deve acontecer com os olhos entreabertos e com o corpo sentado de forma correta. Uma das intenções dessa meditação é ter consciência de suas percepções. "Nós tentamos perceber a respiração, não controlar", explica ela. "Depois que que conseguimos ter consciência de nossas percepções e também das emoções que essas percepções carregam, chega o momento de entrar em comunhão com nós mesmos. Esse é o despertar, é ver a realidade como ela é." Segundo a Monja, é este o ponto central do Zazen: perceber como trabalha a mente, como ela percebe o universo e, então, conhecer quem realmente somos.