1. Faça exercícios físicos
Diversos estudos relacionam o exercício físico à redução de riscos de Alzheimer em idades avançadas. Neste ano, um estudo brasileiro publicado na revista Nature Medicine indicou a possibilidade de que os exercícios físicos também sejam importantes na atenuação dos problemas de memória de pacientes com a doença. Os pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) descobriram que a prática de exercícios faz os músculos liberarem irisina, uma proteína encontrada em níveis mais baixos nas pessoas com Alzheimer. A pesquisa aponta que, com os camundongos, o aumento da proteína reduzia os problemas de memória. Ainda são necessários mais estudos para entender como essa proteína atua no cérebro e se os resultados se repetem com humanos.
2. Tenha um círculo social ativo e conte histórias
Fazer parte de grupos de vizinhos, ter uma grande atividade familiar ou com amigos, além de prazeroso, mantém o cérebro estimulado. "Você tem conversas, acessa memórias, usa a área da linguagem. Os grupos sociais provocam atividades ricas, em diferentes áreas do cérebro", indica Bertolucci.
3. Leia e escreva
Ler livros, jornais, ou escrever para um amigo distante ou em um diário são atividades estimulantes cognitivamente. "Tem-se a ideia de que mesmo mais velho, aposentado, você tem que manter o cérebro ativo, estimulado. Se o idoso resolve que não quer mais fazer nada intelectualmente, isso acarreta naturalmente uma perda da capacidade cognitiva, e isso pode torná-lo mais vulnerável a um declínio seja próprio da idade seja por uma doença", indica Schilling.
4. Faça palavras-cruzadas e jogos de memórias
Uma pesquisa com 19 mil participantes feita por pesquisadores da Universidade de Exeter e do King?s College de Londres mostrou que quanto mais adultos acima dos 50 anos resolvem quebra-cabeças, palavras-cruzadas ou sudoku, melhor seus cérebros funcionam. Para solucionar esse tipo de desafio, os adultos precisam usar áreas do cérebro especializadas em atenção, lógica e memória. No estudo, os pesquisadores indicam que quem faz palavras-cruzadas com frequência têm a função cognitiva equivalente à de uma pessoa dez anos mais jovem em testes de linguagem, e oito anos mais jovem em testes de memória de curto prazo.
5. Mude sua rotina e descubra uma atividade nova
Uma nova língua, um novo conhecimento, um novo lugar. A novidade nos obriga a reagir de maneira não automática, o que é estimulante cognitivamente. Claro, não adianta ser qualquer coisa nova, mas algo que seja interessante para você e provoque engajamento, salienta o pesquisador do Instituto do Cérebro.Se você achou este artigo interessante, por que não começar uma conversa com alguém sobre o assunto e, assim, reforçar os laços sociais da dica n° 2?
6. Efeito placebo
Mas as outras atividades de neuróbica mais malucas podem ter resultado, mas por efeito placebo. Uma pesquisa publicada na revista científica PNAS em maio de 2016 por psicólogos da universidade norte-americana George Mason indicam que existe efeito placebo na melhora de resultados cognitivos de quem faz exercícios de treinamento mental. Os pesquisadores submeteram dois grupos de 25 universitários a uma hora de exercícios de treinamento cognitivo, um grupo não sabia qual era o objetivo dos exercícios, o outro grupo leu um texto sobre os efeitos dos exercícios nos resultados cognitivos. Os indivíduos que conheciam a promessa de melhora cognitiva ganharam cinco a dez pontos em um teste de QI após os exercícios. Aqueles que não sabiam da promessa de ganho cognitivo não tiveram melhora no teste de QI. "Este estudo mostra que pode haver um efeito placebo, mas ele não pode ser usado como tratamento", sublinha Bertolucci.