Hatha, ashtanga, vinyasa: qual o tipo de ioga ideal para você?

A ioga busca deixar o corpo mais saudável e a mente, mais tranquila. Estudos científicos já provaram que, entre seus praticantes, há melhoria da memória, redução no nível de estresse, diminuição do risco de doenças cardíacas, entre outros benefícios. E quem é que não quer tudo isso? Mas, antes de começar, é bom saber que existem várias modalidades.

A seguir, veja as mais populares no Brasil e saiba um pouco mais sobre cada uma delas.

1. Hatha

É a ioga clássica, que deu origem aos outros tipos. Cada aula tem meditação, exercícios de controle respiratório (pranayamas), posturas (asanas) e relaxamento, não necessariamente nessa ordem.

Os movimentos são suaves, mas vigorosos, e o tempo de permanência nos asanas é maior do que em outras modalidades. Em geral, elas são mantidas por pelo menos cinco respirações completas (inspirar e expirar).

Seus principais benefícios são o de aumentar a concentração, trazer foco, ganho de equilíbrio, força e alongamento. Também ajuda a promover autoconhecimento físico e mental, acalmar a mente e trazer bem-estar geral.

Se está começando na ioga, essa é a melhor pedida.

2. Ashtanga

Criado pelo indiano K. Pattabhi Jois, consiste em seis séries fixas de posturas. O aluno começa praticando a primeira série e vai evoluindo progressivamente.

Existem dois tipos de aula: uma na qual o professor não dá comandos verbais, apenas ajusta as posturas (já que cada um conhece sua série), e outra em que o professor conduz os alunos, postura a postura.

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Essa é uma modalidade para quem gosta de disciplina, foco, concentração e não tem medo de suar, pois as sequências são dinâmicas e exigem bastante do aluno.

"Uma das riquezas dessa prática é que, como o aluno já sabe o que vai fazer e, geralmente, não precisa olhar nem escutar um professor, ele consegue entrar em estado meditativo com mais facilidade", comenta o professor Giuliano Nucci.

3. Vinyasa

Empresta do ashtanga o dinamismo e a intensidade, mas não possui séries fixas. O tempo de permanência nas posturas é mais curto do que no hatha, o que resulta em aulas ritmadas, fluidas.

Segundo a professora Cacau Peres, as posturas, muitas vezes, criam sequências que até parecem coreografias. Não é o estilo mais recomendado para iniciantes já que, para acompanhar a aula, é preciso conhecer bem cada postura.

Embora os objetivos não sejam o de emagrecer nem ficar sarado, com a prática, músculos tornam-se mais fortes e alongados, as articulações ganham resistência e pode até haver perda de peso.

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4. Iyengar

Essa modalidade, criada pelo indiano B.K.S. Iyengar, é a mais técnica de todas. Seu criador, que morreu em 2014, na Índia, aos 95 anos, estudou minuciosamente o funcionamento do corpo humano.

Seu método une o que há de tradicional na ioga à precisão técnica dos movimentos e alinhamento perfeito do corpo durante as posturas.

Ruy Alfredo Bastos Freire, do Centro de Estudos de Yoga Narayana (SP), explica que a técnica usa os chamados "props", acessórios como cintos, almofadões, blocos de madeira ou EVA, cadeiras e cordas.

O objetivo é proporcionar estabilidade física e mental ao aluno e, assim, facilitar a prática, tornando-a acessível para iniciantes ou para quem tem dificuldades e limitações corporais.

5. Kriya

É uma modalidade meditativa de ioga. Não há asanas, mas práticas mentais.

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O aluno precisa ser iniciado por um mestre habilitado, em uma cerimônia que envolve oferendas, como frutas e flores, e a ativação dos chacras (centros de energia ao longo da coluna vertebral).

Existe mais de uma linhagem. A mais popular no Ocidente é a do mestre Paramahansa Yogananda, que chegou aos EUA em 1920 e adaptou a prática tradicional às necessidades e costumes da época.

"Ele colocou as pessoas meditando em cadeiras, pois percebeu que ninguém iria meditar sentado no chão, como era feito na Índia", diz Osnir Cugenotta, professor de ioga.

Mesmo quem não pratica alguma modalidade de hatha ioga (cujo foco é no físico) pode ser iniciado em kriya. Depois de receber a iniciação, o aluno pode praticar os exercícios aprendidos sozinho, em casa.

*Com matéria publicada em 05/02/2017

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