O que acontece com o corpo quando passamos a beber 8 copos d'água por dia?
Para melhorar a saúde e a beleza, você não precisa de muito. Acredite: beber água com mais frequência traz muitos benefícios para todo o organismo. Durante muito tempo, nutricionistas e médicos recomendavam 2 litros —ou oito copos.
Hoje, sabe-se que esses números são, na verdade, uma média que pode variar de pessoa para pessoa.
Para descobrir a quantidade ideal para suas necessidades, multiplique o seu peso por 0,03 —essa é a quantidade, em litros, que você deverá beber. Uma pessoa com 60 quilos, por exemplo, deve ingerir 1,8 litro.
Um cuidado importante é não tomar tudo de uma vez só. Então, divida essa quantidade ao longo do dia, para que o organismo aproveite o líquido aos poucos, não sobrecarregando a função de nenhum órgão. Além disso, boa parte do volume de água recomendado por dia vem da alimentação —geralmente, cerca de 50%. Por isso, leve em conta, também, as refeições nesta conta.
O que não dá é para esquecer de ingerir líquidos entre as refeições. Para isso, vale ter sempre uma garrafinha por perto ou na mesa do escritório. Outra dica é programar alguns horários ou regrinhas. Por exemplo, sempre que fizer xixi, lembre-se de tomar um copinho de água depois.
Veja os benefícios de tomar água
Traz mais disposição
A água é o principal componente do sangue. Assim, quanto mais H2O, mais líquido vermelho correndo nas veias. Isso aumenta o transporte de nutrientes por todo o corpo, inclusive para o cérebro, que tem todas suas funções otimizadas.
Melhora a memória
Isso se dá não só porque o cérebro recebe mais nutrientes por meio do sangue, mas também porque certas reações químicas que acontecem nele —entre elas, a formação da memória— também dependem da presença da água para acontecer.
Emagrece
Um estudo realizado em 2010 na Universidade Virginia Tech, nos EUA, com 55 voluntários, todos fazendo dieta, verificou que houve uma perda de peso significativa em quem havia ingerido dois copos de água antes das refeições. Muitas vezes, comemos além do que precisamos por sede e não fome. O corpo pode confundir as sensações. É por isso que um organismo hidratado "pede" menos comida.
Diminui a dor após os exercícios
Quando nos exercitamos além do que o nosso condicionamento permite, o corpo produz uma substância chamada ácido lático, que é responsável pelas dores musculares comuns depois da prática de exercícios. Quanto mais água presente no organismo, melhor essa substância é filtrada e diluída no organismo, diminuindo sua ação.
Regula o intestino
A água é essencial para que os processos de absorção, digestão e excreção de alimentos funcionem como um relógio. Com mais líquido, as fezes ficam mais hidratadas e aumentam de volume, favorecendo os movimentos de expulsão do alimento do corpo durante o processo digestivo.
Desacelera o envelhecimento da pele
A chave para que isso aconteça está no intestino: quando bem hidratado, o órgão é capaz de absorver melhor as proteínas da comida, que, por sua vez, ajudam a repor o colágeno —proteína que dá firmeza e sustentação à pele.
Aumenta a imunidade
A ingestão de água reduz o risco de resfriados e infecções, já que o líquido traz mais fluidez para as secreções pulmonares. Assim, a água ajuda a eliminar vírus e bactérias do organismo com mais facilidade, sem que nos causem essas enfermidades.
Atenua as acnes
Quando a flora intestinal está desidratada e, portanto, em desequilíbrio, ela perde sua capacidade de filtrar agentes inflamatórios e toxinas. Eles acabam caindo direto na corrente sanguínea, predispondo o organismo a inflamações e também a um estado chamado de resistência insulínica, que, por sua vez, libera hormônios que favorecem o surgimento da acne.
Proporciona um sono melhor
É no intestino que são produzidos boa parte de certos neurotransmissores, como a melatonina e a serotonina, que regulam o sono. Para que essa produção ocorra de maneira satisfatória, no entanto, o intestino precisa estar bem hidratado. Dessa forma, a flora intestinal produzirá mais bactérias benéficas que, por sua vez, auxiliam na produção desses neurotransmissores.
Fontes: Michelle Troitinho, nutricionista; Mariana Farage, endocrinologista; Celso Cukier, nutrólogo.
*Com informações de matéria publicada em novembro de 2016
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