O risco de ter câncer, como o de toda doença, reflete em parte o nosso dia a dia e como nos cuidamos ou somos cuidados. Assim, sempre irão existir tumores mais frequentes em determinados grupos do que em outros, não só por suas características físicas e biológicas, mas também por condições sociais e comportamentos. Por que seria diferente com a população LGBTQIAPN+? Bem, penso de cara em uma diferença que já entrega um inadmissível preconceito: não sabemos exatamente a prevalência de câncer entre essa gente. "No Brasil, os serviços de saúde não coletam informação sobre orientação sexual e identidade de gênero. Só registram o sexo atribuído ao nascimento", justifica o baiano Ricardo Sant'Ana. "A ausência de dados dificulta a criação de políticas públicas voltadas a essas pessoas para melhorar a prevenção e o acesso ao tratamento", diz ele. |