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Imunidade contra a covid-19 em recuperados pode ser maior que seis meses, afirma estudo

Estudo determinou que nível de anticorpos produzidos pelo organismo contra a infecção diminuiu com o tempo, mas nível de linfócitos se manteve constante - GETTY IMAGES
Estudo determinou que nível de anticorpos produzidos pelo organismo contra a infecção diminuiu com o tempo, mas nível de linfócitos se manteve constante Imagem: GETTY IMAGES

18/01/2021 15h36

A imunidade contra a covid-19 entre os pacientes recuperados pode durar pelo menos seis meses, graças à memória celular que permite reativar a proteção em caso de uma nova exposição ao vírus, segundo um estudo divulgado hoje.

"Esses resultados sugerem que os indivíduos que se infectaram com o SARS-CoV-2 podem potencialmente desenvolver uma resposta [imunológica] rápida e eficaz em caso de reexposição", segundo a revista Nature, que publicou o estudo realizado por pesquisadores da Universidade Rockefeller de Nova York.

Eles analisaram 87 pessoas pouco mais de um mês depois de terem se infectado e voltaram a analisar pouco mais de seis meses depois. O estudo determinou que o nível de anticorpos produzidos pelo organismo para se defender contra a infecção diminui com o tempo. No entanto, o nível dos linfócitos B se manteve constante.

Essas células, que fazem parte dos glóbulos brancos, guardam em sua "memória" as infecções passadas, de modo que podem reativar a produção de anticorpos em caso de um novo contágio com o mesmo agente patógeno.

A questão sobre a imunidade tem sido objeto de muitos estudos desde o início da pandemia há um ano.

No início de janeiro, outro estudo americano publicado na revista Science concluiu que a maioria dos pacientes pode ficar imunizada durante pelo menos oito meses, também graças à memória imunológica.