Funcionário da EMA sugere abandono da vacina AstraZeneca
Um alto funcionário da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) estimou, em entrevista publicada neste domingo (13), que seria preferível interromper a distribuição da vacina AstraZeneca contra a covid-19 para todas as idades se houver alternativas.
Marco Cavaleri, chefe da estratégia de vacinação do regulador europeu, também afirmou no jornal italiano La Stampa que o imunizante da Johnson & Johnson deve ser usado preferencialmente em maiores de 60 anos.
Essas duas vacinas de vetor viral foram aprovadas pela EMA para maiores de 18 anos, mas foram associadas a casos raros, mas graves, de coágulos sanguíneos. Na União Europeia, as vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, com tecnologia de RNA mensageiro, também estão autorizadas.
Cavaleri, questionado se não seria preferível proibir a AstraZeneca, inclusive para os maiores de 60 anos, respondeu: "Sim, é uma opção que muitos países, como França e Alemanha, estão considerando no calor da crescente disponibilidade de vacinas de RNA mensageiro".
"No entanto, os incidentes foram muito raros e ocorreram após a primeira dose. É verdade que há menos dados sobre a segunda dose, mas no Reino Unido, este (o programa de vacinação) está funcionando bem".
Além disso, o responsável considerou que a vacina de uma dose da Johnson & Johnson apresentou "menos problemas que a AstraZeneca", embora tenha especificado que foi muito menos distribuída.
"Com uma dose única, é útil para certas categorias de difícil acesso, mas ainda é (uma vacina) com adenovírus, e é preferível reservá-la para maiores de 60 anos", disse.
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