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China rejeita críticas e diz que forneceu dados sobre a origem da covid-19 à OMS

Em resposta aos EUA, porta-voz da diplomacia da China pediu que questão sobre a origem da covid-19 não seja politizada - Reuters
Em resposta aos EUA, porta-voz da diplomacia da China pediu que questão sobre a origem da covid-19 não seja politizada Imagem: Reuters

Em Pequim (China)

16/07/2021 11h51Atualizada em 16/07/2021 13h03

A China rejeitou hoje as críticas do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre sua suposta falta de cooperação na investigação da origem da pandemia de covid-19.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse ontem que a China, onde foram detectados os primeiros casos da covid-19, no final de 2019 na cidade de Wuhan (centro), deve "cooperar melhor" para entender o que "realmente aconteceu".

Em janeiro, a OMS enviou uma missão de especialistas à China, mas não conseguiu determinar a origem do coronavírus que já matou mais de 4 milhões de pessoas em todo o mundo.

Em resposta, um porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian, disse hoje que "certas informações relacionadas à vida privada não podem ser copiadas e retiradas do país".

Tedros disse aos jornalistas ontem que a China não havia compartilhado os "dados brutos" sobre o vírus, o que é "um problema", segundo ele.

Os especialistas da OMS, no entanto, "obtiveram uma grande quantidade de dados" e a China "mostrou a eles linha por linha" quais precisavam de "atenção especial", disse Zhao.

O porta-voz também rejeitou as afirmações de Tedros de que "houve uma tentativa prematura" de descartar a teoria do acidente de laboratório.

Esta teoria, descartada por muito tempo pela maioria dos especialistas, foi incentivada nos Estados Unidos pela gestão anterior de Donald Trump e nos últimos meses se voltou a falar sobre ela.

"Esta questão não deve ser politizada", destacou Zhao.

A organização internacional com sede em Genebra (Suíça) enfrenta uma pressão crescente para realizar uma nova e exaustiva investigação sobre as origens da covid-19.