Varíola dos macacos: agência europeia diz que risco de contágio é 'baixo'
O risco de contágio por varíola do macaco é "muito baixo" entre a população em geral, mas "alto" entre pessoas com múltiplos parceiros sexuais, declarou nesta segunda-feira (23) a agência de saúde da União Europeia.
"Para a população em geral, a probabilidade de contágio é muito baixa", apontou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) em sua primeira avaliação de risco desde o aparecimento incomum de dezenas de casos na Europa e na América do Norte.
"No entanto, é considerada alta a probabilidade de o vírus se espalhar mais por contatos próximos, por exemplo, em atos sexuais ou entre pessoas que têm múltiplos parceiros sexuais", acrescentou.
Até 21 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia sido notificada de 92 casos confirmados de varíola do macaco e de 28 casos suspeitos, detectados em 12 países onde a doença não é endêmica, incluindo vários na União Europa, Estados Unidos, Austrália e Canadá.
Deter a transmissão
Nesta segunda, a OMS informou que a transmissão da varíola do macaco de pessoa para pessoa "pode ser detida nos países não endêmicos".
"Queremos deter a transmissão de pessoa para pessoa. Podemos fazer isto nos países não endêmicos (...) É uma situação que pode ser controlada", declarou Maria Van Kerkhove, diretora da luta contra a covid-19 na OMS, assim como do combate às doenças emergentes e zoonoses.
"Estou preocupada com o número crescente de casos detectados de varíola do macaco na União Europeia e globalmente. Estamos monitorando de perto a situação", afirmou Stella Kyriakides, comissária europeia para a Saúde e Segurança Alimentar.
Kyriakides salientou que, embora a probabilidade de propagação da doença "na população em geral seja baixa", é importante "manter-se vigilante", com métodos de rastreamento e diagnóstico eficazes.
Entenda a doença
Não há tratamento para a varíola do macaco, mas seus sintomas geralmente desaparecem dentro de duas a três semanas.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, linfonodos inchados, calafrios e fadiga.
Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, finalmente, crostas aparecem.
Segundo o ECDC, o vírus pode se desenvolver em uma forma grave da doença em alguns grupos como "crianças pequenas, mulheres grávidas e pessoas imunossuprimidas".
A agência também alertou para o risco de "transmissão de humano para animal" e disse que, se o vírus se espalhar para animais, "existe o risco de a doença se tornar endêmica na Europa".
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