Cresce preocupação com cigarros eletrônicos; nos EUA, já são 52 mortes
O Inca (Instituto Nacional de Câncer) fez, na semana passada, um alerta sobre o uso de cigarros eletrônicos. A instituição destacou o risco trazido por inúmeras substâncias tóxicas, na maioria aditivos com sabores de nicotina, que causam dependência química. Nos Estados Unidos, essa modalidade —o vaping— está relacionada a pelo menos 52 mortes, 4 recentes.
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) relatou até sexta-feira (13) 118 casos de hospitalização em 50 estados. O número de pessoas internadas com problemas respiratórios chega a 2.409. Como forma de conter o problema, o Conselho de Saúde Pública do Estado de Nova York baniu na quinta-feira (12) o uso de sabores nos cigarros eletrônicos por 90 dias. A porta-voz do departamento, Jill Montag, disse que o número de jovens que usa os aparelhos e consome os vapores é "alarmante".
Acredita-se que as lesões respiratórias sejam causadas pelo uso excessivo nos produtos de acetato de vitamina E, composto normalmente ligado a misturas com o THC, principal substância psicoativa encontrada nas plantas do gênero cannabis (maconha).
Na quinta-feira, em um artigo publicado na prestigiosa revista Science, alguns dos principais especialistas americanos na área pediram medidas para redução do consumo —incluindo Amy Fairchild, de Ohio; Ronald Bayer, de Columbia; Cheryl Healton e David Abrams, de Nova York; e James Curran, de Emory. Segundo eles, é preciso criar nesse instante programas de redução de danos para jovens, a exemplo do que ocorreu na Inglaterra. A ideia é impor limites de nicotina e restrições de publicidade.
Brasil
Segundo a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), três casos de doenças pulmonares ligados ao uso de cigarros eletrônicos já foram relatados no país. Mas não há detalhes a respeito.
No informe mais recente, o Inca ainda destaca que os dispositivos também são responsáveis por vários acidentes por explosões das baterias. Além disso, estudos científicos demonstram que a chance de um jovem começar a fumar cigarros convencionais quadruplica a partir do uso dos dispositivos eletrônicos.
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