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Risco de infecção cai pela metade 13 dias após primeira dose da Pfizer

Estudo testou vacina da Pfizer e da BioNTech contra a covid-19 - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Estudo testou vacina da Pfizer e da BioNTech contra a covid-19 Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Ítalo Lo Re

07/06/2021 21h08Atualizada em 07/06/2021 21h13

Entre o 13º e 24º dia após a aplicação da primeira dose, a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 reduz em 51,4% o risco de infecção pelo novo coronavírus, revela estudo conduzido em Israel e publicado nesta segunda-feira, 7, na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association). Já a efetividade para casos sintomáticos de covid-19 é de 54,4%.

Entre os 3.098 casos confirmados de covid-19 na amostra analisada, 2.484 ocorreram nos 12 primeiros dias, enquanto 614 dos testes RT-PCR positivo se deram no período que vai do 13º e 24º dia. Respectivamente, a taxa de incidência do coronavírus para cada um dos dois períodos foi de 12,07 e de 6,16 - ou seja, para cada cem mil pessoas, houve 43,41 infecções no primeiro intervalo de tempo e 21,08 no segundo.

Desse modo, a efetividade calculada pelos pesquisadores para a vacina americana 13 dias após a aplicação da primeira dose é de 51,4%. O estudo realizado em Israel não analisou o desempenho da vacina americana após a segunda dose.

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), quando há um número de pessoas vacinadas com a primeira dose, já há um encaminhamento considerável para um "controle eficiente da pandemia". Principalmente, segundo ela, em se tratando da primeira dose do imunizante da Pfizer/BioNTech, que oferece proteção similar à conferida por duas doses de vacinas como a Coronavac, do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Ainda assim, a infectologista reforça que é necessário continuar conscientizando a população sobre a necessidade de tomar a segunda dose para diminuir ainda mais o risco de infecção pelo novo coronavírus. "Mesmo com esse resultado bom da primeira dose, é necessário que se tenha uma segunda dose, para garantir uma proteção depois em torno de 90% de eficácia [no caso do imunizante da Pfizer/BioNTech]", diz Stucchi.