SP pode ter novos mutirões para acelerar vacinação contra covid-19
Com 2 milhões de doses disponíveis em estoque na rede estadual, o governo de São Paulo avalia realizar novos mutirões para acelerar a vacinação contra covid-19, informou nesta sexta-feira (11) a coordenadora do programa de imunizações do Estado, Regiane de Paula.
"São Paulo pretende fazer novos mutirões (...) A partir de agora, com chegada de doses, a gente imagina que pode fazer um grande movimento. Levamos a proposta ao governador João Doria de fazer não só um Dia D, mas também ter uma estratégia ampliada", afirmou a chefe do programa estadual de vacinação durante videoconferência transmitida pelo Bradesco BBI.
Segundo Regiane, o Estado tem capacidade de vacinar cerca de 1 milhão de pessoas por dia se houver imunizantes suficientes. No último sábado, um mutirão no Estado foi realizado para aplicação da segunda dose da vacina em mais de 500 mil pessoas que estavam com a dose de reforço atrasada.
A coordenadora do programa de imunização paulista enfatizou que o "grande foco" do momento é ampliar as faixas etárias para concluir a imunização de pessoas maiores de 18 anos, plano que o governador João Doria prometeu concluir até 18 de outubro.
Depois disso, acrescentou Regiane, a faixa etária de 12 a 17 anos será vacinada apenas se houver disponibilidade de vacinas da Pfizer. Citando resultados do estudo feito pelo Instituto Butantan no município de Serrana, ela observou que a imunização da população adulta acarreta a proteção também dos mais jovens, dada a diminuição da carga viral.
Um dia após o presidente Jair Bolsonaro informar que pediu ao ministério da Saúde parecer sobre a não obrigatoriedade do uso de máscara por quem já foi vacinado ou já contraiu covid, Regiane aproveitou ainda a sua participação no evento do Bradesco BBI para orientar o uso do equipamento por todos. "Não usar máscara se já estiver vacinado não é o que preconizamos como ciência."
Reforço
Na mesma videoconferência, o vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, Marco Krieger, endossou a avaliação de que a população precisa ser vacinada "o mais rápido possível" para conter a circulação do vírus.
Segundo ele, a Fiocruz está preparada, em capacidade, a voltar a aplicar doses de reforço no ano que vem se for necessário. Ele ponderou, no entanto, que é preciso aguardar a resposta da imunização em curso.
A necessidade de novas doses de reforço ainda é objeto de estudo. Conforme observou Krieger, há evidências, por exemplo, de que uma única dose de imunização já protege pessoas que já foram em algum momento contaminadas e desenvolveram, assim, maior imunidade ao vírus.
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