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Rússia permite doses de reforço 6 meses após a vacinação

Segundo ministro, "após alcançar a imunidade de rebanho e a estabilização da situação sanitária, a vacinação será realizada uma vez por ano" - Luís Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo
Segundo ministro, "após alcançar a imunidade de rebanho e a estabilização da situação sanitária, a vacinação será realizada uma vez por ano" Imagem: Luís Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo

Sofia Aguiar

29/06/2021 16h47

O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, anunciou, nesta terça-feira, 29, a autorização das doses de reforço para pessoas vacinadas contra covid-19 seis meses após a primeira dose do imunizante. O ministro ainda emitiu diretrizes que permitem que aqueles que contraíram a doença sejam vacinados também seis meses após a recuperação.

Murashko citou uma "situação epidemiológica desfavorável na Rússia" e disse que, "após alcançar a imunidade de rebanho e a estabilização da situação sanitária, a vacinação será realizada uma vez por ano".

Segundo a Associated Press, ele não ofereceu nenhum dado que apoiasse a necessidade de doses de reforço seis meses após a primeira vacinação.

No entanto, a vice-primeira-ministra Tatyana Golikova se referiu a "estudos internacionais e russos" que mostram que a imunidade daqueles que se recuperaram do vírus persiste por seis meses em média e diminui gradualmente após nove e doze meses.

Malta

Enquanto isso, em Malta, o Ministério da Saúde anunciou a introdução de regras mais rígidas contra a covid-19 ao proibir que visitantes do Reino Unido que não estejam totalmente vacinados entrem no país. Segundo a medida, crianças menores de 12 anos não vacinadas podem entrar com um adulto, mas a mudança impedirá efetivamente que famílias britânicas com adolescentes passem férias no país, relata a Reuters.

Malta registrou apenas um caso da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, mas teme que esse número suba depois que o Reino Unido a colocou na lista de fronteiras abertas na semana passada.

Argentina

Diante do temor em relação à cepa, na Argentina, o governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, afirmou que residentes da capital que entrarem no país vindos do exterior devem fazer isolamento obrigatório por quatro dias em hotel a partir da quinta-feira, 1º de julho, às custas do viajante, e em seguida serão obrigados a completar o período de sete dias em casa.

O anúncio também indicou que será apresentada uma denúncia criminal e serão aplicadas multas de mais de quatro milhões de pesos (pouco mais de R$ 200 mil) aos que descumprirem a medida.

Segundo notícia da agência Télam, Kicillof justificou a decisão dada a necessidade de "atrasar" ao máximo a entrada da variante Delta no país. "É uma questão de consciência e solidariedade. São medidas razoáveis de cuidado e prevenção", disse.