Cepa delta deve se tornar predominante pelo mundo, prevê OMS
São Paulo - A variante delta da covid-19 está presente em pelo menos 104 países, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. A entidade espera que a cepa se torne a predominante pelo mundo em breve. "Se é que já não é", complementou a líder técnica da resposta à pandemia de covid-19, Maria Van Kerkhove. As afirmações foram feitas durante coletiva à imprensa da OMS hoje.
Na semana passada, foi registrada a quarta semana consecutiva de aumento de casos de covid-19 pelo mundo, de acordo com a organização. "Após dez semanas de declínio, o número de mortes está subindo de novo", disse Tedros Adhanom. O diretor reforçou que, em países com baixa cobertura de vacinação, a situação é especialmente delicada.
"Delta e outras variantes estão liderando ondas catastróficas de casos de covid-19, que estão sendo traduzidos em um número alto de hospitalizações e morte."
Adhanom pontuou que, no final de semana, ministros das Finanças do G-20 - grupo composto pelas 20 principais economias do mundo - reconheceram a importância de fundos para o Acelerador do Acesso a Ferramentas contra a covid-19, que tem a Covax como seu pilar.
"Espero que essa posição se traduza rapidamente no preenchimento dos US$ 16 bilhões de recursos faltantes", disse o diretor, "O G-20 pode assumir a responsabilidade e até mesmo convidar outros países para a iniciativa".
A OMS ainda divulgou dois novos locais de produção da vacina da AstraZeneca, a partir da Lista de Uso de Emergência da entidade. "Assim como na Europa, Índia e Coreia do Sul, tenho o prazer de anunciar Japão e Austrália como novos locais de fabricação da vacina."
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