Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Vacinação com ButanVac pode começar ainda em 2021, diz Dimas Covas

ButanVac é desenvolvida pelo Butantan, que atua como parceiro do laboratório chinês Sinovac em relação ao imunizante CoronaVac - Divulgação/Governo de São Paulo
ButanVac é desenvolvida pelo Butantan, que atua como parceiro do laboratório chinês Sinovac em relação ao imunizante CoronaVac Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo

Em São Paulo

16/07/2021 10h32Atualizada em 16/07/2021 10h35

O Instituto Butantan planeja o início da vacinação contra a covid-19 com a ButanVac ainda para este ano.

Em entrevista hoje à Rádio Eldorado, o diretor da instituição, Dimas Covas, afirmou ainda que a previsão é que o pedido de uso emergencial seja enviado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em outubro.

"Esperamos que a Anvisa seja rápida nessa análise", destacou Covas. "É possível que tenhamos ainda neste ano a utilização desta vacina."

A Butanvac é uma das novas candidatas à vacina contra o novo coronavírus que poderão ser fabricadas com insumos nacionais, com um custo mais baixo de produção em comparação às aplicadas hoje no país. O Butantan tem 10 milhões de doses prontas em estoque.

Como noticiou o Estadão, o instituto deve pedir o uso emergencial do imunizante sem os resultados clássicos de eficácia — obtidos na fase 3 da pesquisa, com base em dados de infecções e hospitalizações de participantes do estudo.

O formato alternativo de testes, porém, ainda não tem consenso entre os cientistas.

Na atual etapa de testes, iniciada neste mês, os voluntários estão divididos em quatro grupos. O grupo 1 será vacinado com um micrograma; três microgramas serão aplicados no grupo 2. Já o grupo 3 vai receber 10 microgramas. O quarto grupo é vacinado com placebo.

Os voluntários não ficam sabendo em que grupo estão. A partir daí, passam a ser avaliadas a segurança da vacina e qual a dosagem do imunizante será incorporada à vacina definitiva. Nas etapas seguintes, a ButanVac será avaliada em relação à resposta imune que produz.

Após se obter, na fase A, definição da dose adequada, passam a ser vacinados 5 mil voluntários na fase B. Essa segunda fase vai ocorrer em Ribeirão Preto, no interior paulista, e em São Paulo, selecionando pessoas entre as mais de 90 mil que se inscreveram para participar.

A segunda fase será um estudo cego envolvendo pessoas que já receberam outras vacinas, pessoas que já foram contaminadas e pessoas não vacinadas.

Se a exigência da fase 3 for mantida pela Anvisa, é possível que os estudos demorem mais do que gostaria o Butantan.

Inicialmente, em março, o governo João Doria (PSDB) previa iniciar a aplicação da ButanVac em julho — prazo já considerado muito curto pelos cientistas, e que não se cumpriu.

Outros institutos brasileiros que desenvolvem vacinas próprias — como a UFMG (Universidade Federal de Minas) — preveem concluir os testes dos imunizantes na metade de 2022.