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Em meia a alta de casos, Reino Unido tem 'Dia da Liberdade'

O Reino Unido foi um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus na Europa - TOLGA AKMEN / AFP
O Reino Unido foi um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus na Europa Imagem: TOLGA AKMEN / AFP

19/07/2021 09h31Atualizada em 19/07/2021 09h31

LONDRES, 19 JUL (ANSA) - O Reino Unido deu nesta segunda-feira (19) o último passo do programa de reabertura da pandemia de Covid-19, que está sendo chamado de "Freedom Day" (Dia da Liberdade) abolindo praticamente todas as regras sanitárias para evitar a disseminação da doença e reabrindo completamente a economia.

A partir de agora, todos os estádios e auditórios podem receber a lotação total de pessoas, não há mais restrições no serviço dos pubs e restaurantes, as festas e as discotecas estão permitidas e não é mais obrigatório usar máscara no transporte público e em locais fechados. Também o trabalho remoto não é mais obrigatório.

Apesar da entrada em vigor da medida, a Escócia e o País de Gales mantiveram a obrigação de usar máscaras em locais públicos fechados e nos transportes.

No entanto, a reabertura ocorre em um momento bastante crítico da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 no Reino Unido e a decisão de reabrir tudo dividiu especialistas no país.

Desde o fim de maio, os números de casos diários não param de aumentar e já estão no nível do que era registrado em janeiro deste ano. Nos últimos sete dias, houve um aumento de 43,3% a quantidade de contágios, com uma média de 42,5 mil contaminações por dia.

A taxa de mortes não acompanha o mesmo o ritmo, mas está subindo lentamente e está em 40 por dia - chegou a ser de cinco óbitos diários em 13 de maio. Mas, o que está preocupando especialistas é a taxa de hospitalização, que subiu quase 40% em uma semana, em uma média de quase 617 pessoas por dia.

Diversas matérias, inclusive, já mostram os hospitais da Inglaterra reabrindo áreas específicas para cuidar de pacientes Covid-19, que haviam sido fechados com o arrefecimento da crise sanitária. A maior parte dessas hospitalizações é de pessoas não vacinadas ou que tomaram apenas uma dose das duas necessárias para completar o ciclo vacinal.

Também conforme os dados oficiais, apenas 68,3% da população-alvo, ou seja, pessoas com mais de 12 anos, já completaram a imunização - apesar de 87,9% já terem iniciado o processo.

O avanço dos dados fez também com que o primeiro-ministro, Boris Johnson, desistisse de um discurso "triunfalista" e adotasse a moderação. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ele fez uma apelo pela "prudência" nessa nova fase de reabertura e pediu que todos tomem as duas doses das vacinas.

O próprio premiê está em isolamento preventivo após o ministro da Saúde, Sajid Javid, contrair a doença.

Especialistas apontam que a disseminação da variante Delta, que é mais eficaz em ser transmitida, é uma das principais responsáveis pela alta nos dados. Isso porque ela consegue escapar da cobertura vacinal de quem tomou apenas uma dose. A eficácia das vacinas sobe drasticamente após 15 dias da segunda dose.

O Reino Unido é um dos mais atingidos pela crise sanitária, tendo registrado 5.455.276 casos e 128.988 mortes pela doença.